Chuva de sementes em reflorestamento e em remanescente adjacente de Floresta Estacional Atlântica
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509835151Palavras-chave:
Dispersão, Propágulos, Sazonalidade, Sucessão ecológicaResumo
A sucessão ecológica depende da chuva de sementes. Embora a simples chegada de sementes não garanta o estabelecimento, conhecer a chuva de sementes é o primeiro passo para avaliar o processo sucessional em sítios sob restauração florestal. Por essa razão, foi amostrada a chuva de sementes em reflorestamento e em remanescente de floresta estacional semidecidual no sul do Brasil, a fim de descrever o processo. Em cada área, 18 armadilhas de sementes (1 m2) foram alocadas e visitadas, mensalmente, por dois anos. Todas as sementes amostradas foram identificadas, contadas e classificadas quanto à forma de vida, grupo ecológico e síndrome de dispersão. O remanescente florestal apresentou maior riqueza de espécies e abundância de propágulos que o reflorestamento. A composição de espécies também diferiu entre as áreas. A chuva de sementes, de ambas as áreas, apresentou maior proporção de árvores e de espécies intolerantes à sombra. Várias espécies não plantadas no reflorestamento, possivelmente dispersadas a partir do remanescente florestal, foram registradas no sítio em restauração. A análise dos resultados sugere que a chuva de semente não é um impedimento ao processo sucessional no reflorestamento. Entretanto, o sítio deve ser monitorado por mais tempo a fim de avaliar o estabelecimento, e não somente a chegada de sementes de espécies sucessionais tardias.
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