Emergência de Mouriri guianensis Aubl em função de diferentes tratamentos pré-germinativos
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X86813Palavras-chave:
Áreas úmidas, Restauração, Espécies nativas, Dormência de sementesResumo
Mouriri guianensis Aubl, da família Melastomataceae, ocorre nos mais diversos tipos de vegetação no Brasil. No Pantanal é conhecido como Roncador e possui importância medicinal e alimentícia. Temos como objetivo avaliar diferentes tipos de tratamentos para quebra de dormência. As sementes foram divididas para os testes germinativos em seis tratamentos, sendo retirada do tegumento (T1), escarificação das sementes (T2), imersão em água por 12 horas (T3), imersão em água por 48 horas (T4), imersão em água por 288 horas (T5) e controle (T6). Avaliou-se a porcentagem de emergência (% E) e o tempo médio de emergência (TME). Dos tratamentos que obteve maior porcentagem de emergência foi o T1 com 63%, T5 com 44% seguido por T6, T3, T4 e T2 com (35%, 29%, 27% e 24%) respectivamente. O tratamento que obteve o maior percentual de emergência foi o que as sementes tiveram o tegumento retirado, permitindo assim maior embebição por água e realizando as trocas gasosas possibilitando desta forma a maior taxa de emergência das plântulas em um período menor de tempo. Nas últimas décadas o bioma Pantanal tem sofrido diferentes tipos de pressões sejam de ordem naturais ou antrópicas, desta maneira medida de conservação como aumento das áreas florestais torna-se necessário com plantio de mudas usando espécies da região, com isso o uso de tratamentos que induz a germinação de plantas que aprestam dormência é uma saída viável para produção de mudas e que possam propagar rapidamente, podendo reflorestar locais estratégicos nesse bioma.
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