Estetização do mundo da vida: ameaça ou redenção do processo formativo?
DOI:
https://doi.org/10.5902/2175497790485Palavras-chave:
Estetização, Reificação, HermenêuticaResumo
O artigo busca extrair alguns elementos ligados ao conceito marxista de reificação para viabilizar uma leitura dos processos de estetização do mundo da vida. É nesse sentido que a crítica de Lukács aos jornalistas chama a atenção, porque exemplifica o ponto de alcance atingido pela reificação na sociedade contemporânea: ela se apropria até das faculdades psíquicas e sensoriais do indivíduo. Com isso, o sujeito reificado passa a apreender o conhecimento de maneira neutra e objetivada (Honneth), com prejuízo da diferenciação (Adorno), ou tomando a imagem pelo objeto (Jameson). Cabe avaliar se a realização de uma leitura desses processos do ponto de vista dessa categoria é incompatível com a interpretação hermenêutica, ou, pelo contrário, elas podem se complementar.
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