A percepção de pesquisadores sobre o processo de divulgação científica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2175497772278

Palavras-chave:

Divulgação Científica, Comunicação Organizacional, Política de Comunicação

Resumo

Cientistas têm sido apontados nas últimas pesquisas realizadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia como as fontes de maior confiança. No entanto, a presença destes e os resultados de pesquisas científicas na imprensa, ainda podem ser considerados tímidos. Esse cenário motivou conhecer a participação e a percepção de docentes pesquisadores no processo de divulgação científica. O estudo adotou a pesquisa qualitativa, exploratória, descritiva e empírica com amostragem não probabilística. Houve a participação de 580 cientistas vinculados a 39 universidades federais brasileiras. Os resultados revelam que a ausência de uma política de comunicação institucionalizada afeta a sistematização da divulgação científica. Pesquisadores percebem pouco interesse da imprensa e de assessorias de comunicação em divulgarem resultados de pesquisas na mídia externa e nos canais institucionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Inara Regina Batista da Costa, Universidade Federal do Amazonas

Doutora em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mestra em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), especialista em Marketing empresarial (UFAM), MBA em Gerenciamento de equipes (FGV) e bacharel em Comunicação Social - Relações Públicas (UFAM). Professora Adjunta da Faculdade de Informação e Comunicação da UFAM. Possui larga experiência em gestão da comunicação em organizações do setor privado, setor público e terceiro setor. As pesquisas de maior interesse são nas áreas de Comunicação pública da Ciência e Comunicação Organizacional. É organizadora do primeiro livro sobre a História das Relações Públicas no Amazonas (EDUA:2012). Pesquisadora do grupo Comunicação, Cultura e Amazônia (Trokano). Idealizadora do curso online "Divulgação científica na Mídia" para pesquisadores. Conselheira federal e Diretora de Relações Governamentais do Sistema CONFERP/Conrerp Gestão 2022-2025. Link:  htttp://lattes.cnpq.br/1687285959561295

Referências

ALVES, C. A. Gestão da Comunicação das Universidades Federais: mapeamento das ações e omissões. 2015. Dissertação (Mestrado em Comunicação). Programa de Pós-Graduação em Comunicação, UNESP, 2015.

BARATA, G., CALDAS, G., GASCOIGNE, T. Brazilian science communication research: national and international contributions. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 2018 (AHEAD), 0–0. https://doi.org/10.1590/0001-3765201720160822

CARIBÉ, R. C. V. Comunicação científica: reflexões sobre o conceito. Inf. & Soc.: Est., João Pessoa, v. 25, n. 3, p. 89-104, set./dez. 2015 https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/23109

CARVALHO, C. M. S. Análise da divulgação da produção científica do programa de pós-graduação em biotecnologia da UFAM. Tese (Doutorado). Programa de pós-graduação em Biotecnologia. Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2015.

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE. (2017). A ciência e a tecnologia no olhar dos brasileiros. Percepção pública da C&T no Brasil. Brasília. https://www.cgee.org.br/documents/10182/734063/percepcao_web.pdf

CONCEIÇÃO, V. A. DOS S.; CHAGAS, A. M. O pesquisador e a divulgação científica em contexto de cibercultura e inteligência artificial. Acta Scientiarum, Education, 42, 2020. https://doi.org/10.4025/actascieduc.v42i1.52879

CRESWELL, J. W. Projetos de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Tradução de Luciana Oliveira da Rocha. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

CUNHA, R. B. O que é letramento científico e qual a sua relação com cultura científica, percepção pública da ciência e jornalismo científico. In: Dossiê especial sobre divulgação científica. COMCiência Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, abr. 2018.

DUARTE, J. A. M. Estratégia em Comunicação. In: FELIX, J. B. (Org.). Comunicação estratégica: a visão de renomados autores de 5 países [livro eletrônico]. Brasília: Ed. Rede Integrada, 2020. https://www.gestaodacomunicacao.com/livro-comunicacao-estrategica

ESCOBAR, H. Divulgação científica: faça agora ou cale-se para sempre. In: Dossiê especial sobre divulgação científica. COMCiência Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, abr. 2018.

FARIAS, L. A. O campo acadêmico do ensino e da pesquisa em comunicação organizacional e relações públicas no Brasil. In: KUNSCH. M.M.K. (Org.). Comunicação organizacional: histórico, fundamentos e processos. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 1

Felix, J. B. (2020). O Fluir da Comunicação Estratégica: integrada em Ambiente Online e Offline. In: _______ (Org.). Comunicação estratégica: a visão de renomados autores de 5 países [livro eletrônico]. Ed. Rede Integrada. https://www.gestaodacomunicacao.com/livro-comunicacao-estrategica

FINNE, A; GRÖNROOS, C. Communication-in-use: customer-integrated marketing communication. European Journal of Marketing, v. 51 n. 3, p. 445-463, 2017. https://doi.org/10.1108/EJM-08-2015-0553

FROW, P.; HILTON, T.; DAVIDSON, A.; PAYNE A.; BROZOVIC, D. Value propositions: a value ecossystem. Marketing Theory, v. 14, n. 3, p. 327-351, 2014. https://doi.org/10.1177/1470593114534346

GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GREER, C. R., VARGO, S. L., LUSCH, R. F. A service perspective: Key managerial insights from service-dominant (S-D) logic. Organizational Dynamics, v. 45, n.1, p. 28-38, Jan./Mar. 2016. http://dx.doi.org/10.1016/j.orgdyn.2015.12.004 .

HASAN, N.; RAHMAN, A. Exploring factors that influence customer engagement in value co-creation in higher education institutions using online platforms. Journal of Theoretical and Applied Information Technology, v. 90, n. 2, p. 247-260, Aug. 2016.

HIGUCHI, A. K. Cocriação de valor e mudança comportamental voluntária para o uso de preservativo: contribuições da lógica dominada por serviço ao Marketing Social. Tese (Doutorado). Centro de Pesquisa e Pós-graduação em Administração. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017.

INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2019). Sinopse Estatística da Educação Superior. Inep. Acesso em 20 abril 2021. http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-sinopse-sinopse.

KUNSCH, M. M. K. Universidade e comunicação na edificação da sociedade. São Paulo: Loyola, 1992.

KUNSCH, M. M. K. Comunicação Organizacional: contextos, paradigmas e abrangência conceitual. Matrizes, v. 8, nº 2 jul./dez. 2014, p. 35-61.

MAGALHÃES, R. A Comunicação Estratégica aplicada à divulgação da Ciência. O caso do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade. Observatório (OBS*) Journal, v. 9, n. 4, p. 51-84, 2015.

MASSARANI, L.; ROCHA, M. Ciência e mídia como campo de estudo: uma análise da produção científica brasileira. Intercom – RBCC, São Paulo, v. 41, n. 3, p. 1-17, set./dez. 2018. https://doi.org/10.1590/1809-5844201832

MENESES, G. S. O jornalista nas universidades públicas federais: um estudo sobre a segmentação desse grupo profissional. Revista Temática. João Pessoa, v. 1, n. 7, jul/2021.

MUNIZ, R. W. A universidade calada. In: Dossiê especial sobre divulgação científica. COMCiência Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, abr. 2018. Disponível em: http://www.comciencia.br/a-universidade-calada/ . Acesso em: 19 abr. 2018.

NDLOVU, H.; JOUBERT, M.; BOSHOFF, N. Public science communication in Africa: views and practices of academics at the National University of Science and Technology in Zimbabwe. Journal of Science Communication, v. 15, n. 06, A05, p. 1-29, 2016. https://doi.org/10.22323/2.15060205

NEGHINA, C.; CANIËLS, M.; BLOEMER, J. M. M.; BIRGELEN, M. J. H. V. (2015). Value cocreation in service interactions: Dimensions and antecedents. Marketing Theory, v. 15, n. 2, p. 221-242, 2015. https://doi.org/10.1177/1470593114552580

OLIVEIRA, C. C. G. S. A percepção dos pesquisadores sobre a importância de divulgar a ciência por meio da imprensa. Campinas, SP: BCCL/ Unicamp, 2018.

RIBEIRO, A. H. P.; MONTEIRO, P. R. R.; LUTTEMBARCK, L. A utilização da técnica Job to Be Done para identificação de oportunidades de cocriação de valor no contexto da Lógica Dominante do Serviço. Brazilian Business Review. v. 16, n. 1, p. 32-45, 2019. Publicado online em 10 out. 2018 https://doi.org/10.15728/bbr.2019.16.1.3

RUÃO, T. A organização comunicativa: teoria e prática em Comunicação Organizacional. Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho. Braga: 2016 Disponível em: https://www.cecs.uminho.pt/publicacao/a-organizacao-comunicativa-teoria-e-pratica-em-comunicacao-organizacional/ Acesso: 04 Out 2022

SCROFERNEKER, C. M. A. (2008). Comunicação organizacional: certezas e incertezas. In: ______ (Org.). O diálogo possível: comunicação organizacional e paradigma da complexidade. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2008, p. 15-30.

VALENÇA, M. L. Comunicação Pública de Ciência: um guia para cientistas. 2015. Dissertação (Mestrado em Comunicação de Ciência). Universidade Nova de Lisboa, 2015. https://run.unl.pt/handle/10362/18376

VARGO, S. L.; LUSCH, R. F. Institutions and axioms: an extension and update of service-dominant logic. Journal of the Academy of Marketing Science, v. 44, n. 1, p. 5-23, 2016 https://doi.org/10.1007/s11747-015-0456-3

VARGO, S. L. Marketing relevance through market theory. Revista Brasileira de Marketing – ReMark. v.17, n.5. 2018 https://doi.org/10.5585/bjm.v17i5.4177

VERGARA, S. C. Métodos de Pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas, 2005.

Downloads

Publicado

24-01-2023

Como Citar

Costa, I. R. B. da. (2023). A percepção de pesquisadores sobre o processo de divulgação científica. Animus. Revista Interamericana De Comunicação Midiática, 21(47). https://doi.org/10.5902/2175497772278

Edição

Seção

Dossiê - Comunicação e Ciência: divulgação científica profissional, estratégias, relação comunicação científica e sociedade