O diário rasurado de Judith Malina e as narrativas impossíveis da ditadura militar

Autores

  • Fernanda Cristina Sant'ana Dusse Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET - MG)

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X21506

Resumo

Judith Malina, fundadora do grupo teatral The Living Theater, foi uma das poucas vozes capazes de romper com a narrativa uníssona do regime militar no Brasil ao publicar seu diário de prisão semanalmente no jornal Estado de Minas. O presente artigo busca avaliar como o texto propõe narrativas contra hegemônicas para o período, observando a edição feita pela UFMG em 2008, a qual apresenta uma série de paratextos escritos contemporaneamente, responsáveis por debater as condições de produção do diário e a postura sociopolítica de Malina. Para tanto, serão focalizadas as escolhas da atriz por romancear o período passado na prisão, omitindo as cenas de violência ali presenciadas, mas garantindo, assim, a publicação de textos de uma ativista contrária a regimes totalitários.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fernanda Cristina Sant'ana Dusse, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET - MG)

Doutoranda em Teoria da Literatura e Literatura Comparada junto ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários (Póslit) da Faculdade de Letras da UFMG. Mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, com a dissertação Signos Partidos: uma análise da (des)construção da subjetividade na narrativa de ‘O quieto animal da esquina’, de João Gilberto Noll (2013). Professora adjunta de Língua Portuguesa e suas literaturas.

Downloads

Publicado

2016-03-20

Como Citar

Dusse, F. C. S. (2016). O diário rasurado de Judith Malina e as narrativas impossíveis da ditadura militar. Literatura E Autoritarismo, (16). https://doi.org/10.5902/1679849X21506