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Ausência como presença; presença como ausência em K., de Kucinski

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DOI :

https://doi.org/10.5902/1679849X25566

Mots-clés :

Ditadura, Trauma, Desaparecidos políticos, Testemunho, Bernardo Kucinski

Résumé

Este artigo busca fazer algumas aproximações entre os romances K. – relato de uma busca (publicado originalmente em 2011), de Bernardo Kucinski, que trata sobre o desaparecimento da irmã e do cunhado do autor durante a ditadura militar, por meio de várias vozes, inclusive a de algozes, mas protagonizado sobretudo pela busca do paradeiro deles (ou pelo menos de seus restos mortais) empreendida pelo pai da jovem, e O processo, de Franz Kafka, a partir da óbvia referência que o primeiro faz ao segundo, e a contrapelo dessa obviedade, também distanciá-los ao apontar diferenças e especificidades de cada um. Serão abordados ainda aspectos da teoria do trauma como operadora possível para reflexão e análise da formalização literária de experiências-limite marcadas pelo teor testemunhal, como a questão da culpa do sobrevivente e suas possibilidades éticas e estéticas.

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Biographie de l'auteur

Luciana Araujo Marques, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP

Bacharel em comunicação social com habilitação em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero (2000-2003), mestre em Letras pelo Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Universidade de São Paulo (USP) (2007-2011) e doutoranda do Departamento de Teoria e História Literária da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) (2015-).

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2017-01-11

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Marques, L. A. (2017). Ausência como presença; presença como ausência em K., de Kucinski. Literatura E Autoritarismo, (18). https://doi.org/10.5902/1679849X25566