Fratura, resistência, paródia: história e estética em três poetas no Brasil Ditatorial (Ana C., Polari, Leminski)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X74018

Palabras clave:

Fratura, Resistência, Paródia, Ditadura, Brasil, História, Estética

Resumen

Por método, premido pelo espaço, buscarei movimentos que, sinteticamente, apontem a maneira com que três poemas dialogaram com a situação ditatorial brasileira pós-64. Para tanto, apropriar-me-ei de conceitos – paródia, fratura, resistência – que tentem dar conta de aspectos que, formal e ideologicamente, estruturam tais obras diante de um contexto autoritário perverso. Tão distintos entre si, os poemas – de Paulo Leminski, Ana Cristina Cesar e Alex Polari – trazem, no entanto, afinidades inusitadas. A tese, pois, passa a ser: para além de valores congelados em cânones ou margens, toma-se como critério de julgamento estético a “tensão entre sentido e forma”, aceitando-se assim que o “valor literário não pode ser fundamentado teoricamente: é um limite da teoria, não da literatura” (Compagnon, 2001: 229; 255).

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Biografía del autor/a

Wilberth Claython Ferreira Salgueiro, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES

Doutorado em Letras (Teoria da literatura) pela UFRJ e pós-doutorado em Literatura comparada pela UERJ e em Literatura brasileira pela USP

Citas

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Publicado

2005-07-01

Cómo citar

Salgueiro, W. C. F. (2005). Fratura, resistência, paródia: história e estética em três poetas no Brasil Ditatorial (Ana C., Polari, Leminski). Literatura E Autoritarismo, (6). https://doi.org/10.5902/1679849X74018

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