Higienismo na ficção científica brasileira: da utopia à distopia

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X73926

Palabras clave:

Higienismo, Utopia, Ficção científica

Resumen

O presente ensaio pretende mensurar o alcance e a influência exercida pelo movimento higienista brasileiro e pelo pensamento eugênico em obras literárias de determinado gênero, produzidas em momentos históricos distintos. Os objetos da discussão são O Presidente Negro (1926), de Monteiro Lobato, 3 Meses no Século 81 (1947), de Jeronymo Monteiro e Fazenda Modelo (1974), de Chico Buarque, romances categorizados como ficção científica utópica ou distópica. Para empreender seu objetivo, o artigo articula proposições acerca do Higienismo no Brasil à noção da ficção científica como gênero literário.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ramiro Giroldo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Mestrado em Estudos de Linguagens pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Citas

BOARINI, Maria Lúcia; YAMAMOTO, Oswaldo H. Higienismo e Eugenia: discursos que não envelhecem. Disponível em: http://www.coc.fiocruz.br/psi/pdf/higienismo_eugenia.pdf. Acesso em 16 fev. 2008.

BUARQUE, Chico. Fazenda Modelo – Novela Agropecuária. São Paulo: Círculo do Livro, [s.d.].

CARNEIRO, André. Introdução ao Estudo da Science-Fiction. [s.d.], [Texto digitado].

CAUSO, Roberto de Sousa. Ficção científica, fantasia e horror no Brasil – 1875 a 1950. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003a.

CAUSO, Roberto de Sousa. As distopias de George Orwell. Cult, São Paulo, n. 71, p. 48-55, 2003b.

CUNHA, Fausto. A Ficção Científica no Brasil – Um planeta quase desabitado. In: ALLEN, L. David. No Mundo da Ficção Científica. Tradução de Antonio Alexandre Faccioli e Gregório Pelegi Toloy. São Paulo: Summus Editorial, [s.d.].

FERNS, Chris. Narrating Utopia. Liverpool: Liverpool University Press, 1999.

GINWAY, Mary Elizabeth. Ficção científica brasileira: mitos culturais e nacionalidade no país do futuro. Tradução de Roberto de Sousa Causo. São Paulo: Devir, 2005.

GÓIS, Edivaldo; Junior. “Movimento Higienista” na História da Vida Privada no Brasil: do Homogêneo ao Heterogêneo. Disponível em: http://www.uninove.br/ojs/index.php/saude/article/viewFile/170/157. Acesso em: 18 fev. 2008.

HUXLEY, Aldous. Brave new world. New York: HarperCollins Publishers Inc., 1998.

HUXLEY, Aldous. Brave new world revisited. New York: HarperCollins Publishers Inc., 2000.

LOBATO, Monteiro. O Presidente Negro. São Paulo: Editora Brasiliense Ltda., 1951 (Obras Completas de Monteiro Lobato: v. 5).

MARINS, Paulo César. Habitação e vizinhança. In: SEVCENKO, Nicolau (org.). História da Vida Privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, vol. 3, 2004.

MENDLESOHN, Farah. Introduction: reading science fiction. In: JAMES, Edward; MENDLESOHN, Farah (orgs.). The Cambridge Companion to Science Fiction. Cambridge: Cambridge University Press, 2006. p. 1 – 14.

MONTEIRO, Jeronymo. 3 meses no século 81. Porto Alegre: Livraria do Globo, 1947.

MORE, Thomas. A Utopia. Tradução de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2005.

ORWELL, George. A Revolução dos Bichos. Tradução de Heitor Ferreira. Porto Alegre: Globo, 1977.

ROBERTS, Adam. Science Fiction. New York: Routledge, 2006.

SANTEE, Daniel Derrel. Modern Utopia: a reading of Brave New World, Nineteen Eighty-Four, and Woman on the Edge of Time in the light of More’s Utopia. Florianópolis, 1988. Dissertação (Mestrado em Letras), UFSC. Disponível em: http://www.ead.ufms.br/letras/daniel/thesis/ Acesso em: 14 dez. 2005.

SEVCENKO, Nicolau. Introdução. In: _____ (org.). História da Vida Privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, vol. 3, 2004.

SUVIN, Darko. Pour une poétique de la science-fiction. Québec: LesPresses de L’Université du Québec, 1977.

TODOROV, Tzvetan. Introdução à literatura fantástica. São Paulo: Perspectiva, 1975.

Publicado

2008-07-01

Cómo citar

Giroldo, R. (2008). Higienismo na ficção científica brasileira: da utopia à distopia. Literatura E Autoritarismo, (12). https://doi.org/10.5902/1679849X73926