Quando a terra era redonda, by José J. Veiga, an intuitive dystopia
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X90246Keywords:
Dystopia, Contemporary Brazilian literature, José J. VeigaAbstract
This work proposes an analysis of the short story “Quando a Terra era redonda,” by José J. Veiga, as a dystopia. In this narrative, written in the form of an essay, the narrator/author conducts a bibliographic review on the thesis that the Earth is round. Based on this premise, several passages reveal that, in the reality of the text, the belief that one lives on a flat planet is a strategy of domination orchestrated by an oppressive regime, as occurs in dystopian texts. Thus, we intend to perceive the occurrence of dystopia in Veiga’s text by comparing narrative passages with the considerations of scholars on the subject, who point out its characteristic features. The research is bibliographic and exploratory, based on authors such as Claeys (2017), Moylan (2016), and Sargent (2010). The results demonstrate that the short story is a dystopia, not in a usual way, but intuitively, which confirms the various possibilities of hybridism that can operate in this textual form.
Downloads
References
BACCOLINI, R.; MOYLAN, T. Introduction. Dystopias and Histories. In: BACCOLINI, R.; MOYLAN, T. (eds.). Dark horizons: science fiction and the dystopian imagination. New York, London: Routledge, 2003.
BAKHTIN, M. Questões de literatura e estética: a teoria do romance. São Paulo: Hucitec, 1990.
CAMPEDELLI, S. Y. J. J. Veiga: Literatura Comentada. São Paulo: Abril, 1982.
CANDIDO, A. A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Ática, 1989.
CLAEYS, G. Dystopia: a natural history. London: Oxford Press, 2017.
CLAEYS, G. Dystopia. In: MARKS, P.; WAGNER-LAWLOR, J.; VIEIRA, F. (eds.). The Palgrave handbook of utopian and dystopian literatures. London: Palgrave Macmillian, 2022.
DANTAS, G. F. O insólito na ficção de José J. Veiga. 2002. Dissertação (mestrado) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
FIGUEIREDO, C. D. Memória e poder nos regimes distópicos. Papéis — Revista do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem da UFMS, Campo Grande, v. 19, n. 38, p. 83-98, 2015.
GENETTE, G. O discurso da narrativa. 3. ed. Lisboa: Veja, 1995.
GINWAY, M. E. Ficção científica brasileira: mitos culturais e nacionalidade no país do futuro. São Paulo: Devir, 2002.
LIMA, F. B. Sob o signo de Janus: uma análise de Clube da luta em suas relações com a ficção distópica. 2017. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Alagoas, Maceió.
LIMA, W. O Aleph e seus duplos: mimesis e autorreflexividade na obra de Jorge Luis Borges. 2012. 160f. Tese (Doutorado em Literatura Comparada). – Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem – PPGEL, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.
MOYLAN, T. Distopia: fragmentos de um céu límpido. Maceió: Edufal, 2016.
SARGENT, L. T. Utopianism: a very short introduction. Oxford: Oxford University Press, 2010.
SOUZA, A. P. Um olhar crítico sobre o nosso tempo (Uma leitura da obra de José J. Veiga). 1987. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
VEIGA, J. J. De jogos e festas. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
VEIGA, J. J. Contos completos. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
VEIGA, J. J. Sombras de reis barbudos. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Wagner dos Santos Rocha, José Wanderson Lima Torres

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela Literatura e Autoritarismo, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à Literatura e Autoritarismo implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).

