Amazon between narratives: Authoritarianism, literature and the contradictions of the national project in the Vargas Era
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X90178Keywords:
Getúlio Vargas, Political discourses, Terra ImaturaAbstract
This article investigates the Brazilian state's actions in the Amazon between 1930 and 1945, analyzing Getúlio Vargas's speeches in Belém (1933) and Manaus (1940) and establishing connections with the literature produced about the region. The short story Terra Imatura by Alfredo Ladislau (1924) is highlighted to illustrate how Vargas's discourse appropriated literary texts to promote a centralizing state vision focused on territorial occupation and economic development. The study demonstrates that, starting in the 1930s, a rhetoric portraying the Amazon as an "empty space" was consolidated, disregarding its socio-environmental and cultural complexities. This authoritarian narrative, disconnected from regional specificities, remains influential today, inviting reflection on the Brazilian state's role regarding the forest and its peoples, especially in a context where the Amazon draws global attention.
Keywords: Getúlio Vargas; Political discourses; Terra Imatura.
Downloads
References
ANDRADE, Romulo de Paula. A Amazônia vai ressurgir! Saúde e saneamento na Amazônia do primeiro governo Vargas. 2007. 180f. Dissertação (Mestrado em História das Ciências) – Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2007.
ANDRADE, Romulo de Paula. Natureza, clima e civilização: as bases do pensamento social da Amazônia no Estado Novo. ANPUH – XXV Simpósio Nacional de História – Fortaleza, 2009. Disponível em: https://anpuh.org.br/uploads/anais-simposios/pdf/2019-01/1548772189_86758119350d5cdc1881c1c24600a949.pdf. Acesso em: 22 jul. 2025.
BASTOS, Pedro Paulo Zahluth; FONSECA, Pedro Cezar Dutra. A era Vargas: desenvolvimentismo, economia e sociedade. São Paulo: Editora UNESP, 2012.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2011.
CAPELATO, Maria Helena. O Estado Novo: o que trouxe de novo? In: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília de Almeida Neves. O Brasil Republicano: o tempo do nacional estatismo (do início da década de 1930 ao apogeu do Estado Novo). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
COELHO, George Leonardo Seabra. Marcha para Oeste: entre a teoria e a prática. 2010. 178 f. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de História, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2010.
CUNHA, Euclides da. Paraíso Perdido: Reunião de Ensaios Amazônicos. Coleção Brasil 500 anos. Brasília, Editora do Senado Federal, 2000.
D’ARAUJO, Maria Celina. Estado Novo. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
DIAS, Edinea Mascarenhas. A ilusão do fausto: Manaus, 1890-1920. Manaus: Valer, 1999.
FIGUEIREDO, Aldrin Moura de . Os vândalos do apocalipse e outras histórias: arte e literatura no Pará dos anos 20. Belém: Instituto de Artes do Pará, 2012.
GOMES, Ângela de Castro. O Estado Novo: política, história e os usos do passado. In: ROLLEMBERG, Denise e QUADRAT, Samantha. A construção social dos regimes autoritários. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
GUILLEN, Isabel Cristina Martins. Marcha para o Oeste chega ao Acre! Colônias agrícolas e propaganda política durante o Estado Novo. In: MARIN, José Orlando Bevilaqua e NEVES, Delma Pessanha (Orgs.). Campesinato e Marcha para o Oeste. Santa Maria: Editora da UFSM, 2013.
LADISLAU, Alfredo. Terra Imatura. Manaus: Editora Valer, 2008.
LOSADA, Vânia Maria. Os Anos JK: Industrialização e Modelo Oligárquico de Desenvolvimento. In: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília de Almeida Neves. O Brasil Republicano: o tempo do nacional estatismo (do início da década de 1930 ao apogeu do Estado Novo). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
MAIA, Maíra Oliveira. Jogos políticos na terra imatura: as experiências políticas dos modernistas paraenses – 1930-1945. 2009. 101f. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009.
MORAES, Raymundo. Na planície amazônica. Rio de Janeiro: Conquista, 1960.
RANGEL, Alberto. Inferno Verde. Manaus, Editora Valer, 2000.
RICARDO, Cassiano. Marcha para o oeste (a influência da “bandeira” na formação social e política do Brasil). Rio de Janeiro: José Olympio, 1942.
SCHMINK, Marianne; WOOD, Charles H. Conflitos sociais e a formação da Amazônia. Belém: Edufpa, 2012.
SECRETO, Maria Veronica. Soldados da borracha: trabalhadores entre sertão e a Amazônia no governo Vargas. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2007.
SILVA, Francisca Araújo. Colônia do Iata: ocupação e produção agrícola no território do Guaporé. In: MARIN, José Orlando Bevilaqua;
NEVES, Delma Pessanha (orgs.). Campesinato e Marcha para o Oeste. Santa Maria: Editora da UFSM, 2013.
VARGAS, Getúlio. Discurso pronunciado na capital do Pará, em 27 de setembro de 1933. Disponível em: https://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes/getulio-vargas/discursos/1933/06.pdf/view. Acesso em: 22 jul. 2025.
VARGAS, Getúlio. Os problemas da planície amazônica e o futuro do Pará. Disponível em: https://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes/getulio-vargas/discursos/1940/28.pdf/view. Acesso em: 22 jul. 2025.
VELOSO, Monica Pimenta. Os intelectuais e a política cultural do Estado Novo. In: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília de Almeida Neves. O Brasil Republicano: o tempo do nacional estatismo (do início da década de 1930 ao apogeu do Estado Novo). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
WEINSTEIN, Barbara. A borracha na Amazônia: expansão e decadência (1850-1920). São Paulo: Hucitec/EdUSP, 1993.
WEINSTEIN, Barbara. Experiência de pesquisa em uma região periférica: a Amazônia. História, Ciências, Saúde. Manguinhos, Rio de Janeiro. vol. 9(2):261-72, maio-ago. 2002. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-59702002000200002. Acesso em: 22 jul. 2025.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Thiago Broni de Mesquita

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela Literatura e Autoritarismo, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à Literatura e Autoritarismo implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).

