A memória da ditadura em dois romances latino-americanos: a loucura e a glória

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X63293

Palavras-chave:

Ditadura, Memória, Bêbados e sonâmbulos, Duas vezes junho

Resumo

O objetivo principal deste artigo é apresentar uma discussão acerca da constituição da memória e dos possíveis significados evocados pelos relatos e pelas lembranças dos narradores-personagens nos romances Bêbados e sonâmbulos (1996) de Bernardo Carvalho e Duas vezes junho (2005) de Martín Kohan. Nesta análise, a loucura e a falsa glória, respectivamente, de contextos de governos militares no Brasil e na Argentina apresentam-se como temas contrastantes e, ao mesmo tempo, convergentes no que tange aos efeitos resultantes da configuração estética da memória em ambas narrativas. Deste modo, serão utilizadas, dentre outras, as concepções de Henry Bergson (1999) e Beatriz Sarlo (2005) sobre memória; de Maria José Rezende (2001) e Luis Alberto Romero (2012) sobre a reflexão historiográfica e filosófica dos contextos de ditaduras militares no Brasil e na Argentina, a fim de observar como se dá a estética da memória nos romances propostos para análise. 

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Biografia do Autor

Analice Sousa Gomes, Universidade Federal de Goiás.

Doutoranda em Estudos literários pela Universidade Federal de Goiás. Docente no Curso de Letras da Universidade Estadual de Goiás - Campus Jussara. Atualmente, atua como Docente nos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Direito e, coordenadora de TC no curso de Direito, na Faculdade de Jussara-UniFAJ. Professora efetiva na Secretaria Municipal de São Luis de Montes Belos

Renata Rocha Ribeiro, Universidade Federal de Goiás-UFG

Professora associada, nível 1, da Universidade Federal de Goiás-UFG

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Publicado

2021-01-31

Como Citar

Gomes, A. S., & Ribeiro, R. R. (2021). A memória da ditadura em dois romances latino-americanos: a loucura e a glória. Literatura E Autoritarismo, (36). https://doi.org/10.5902/1679849X63293