A escrita como contraponto ao esquecimento: testemunho e memória traumática em Cova 312

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X63297

Schlagworte:

História, Memória, Testemunho, Ditadura

Abstract

O presente artigo parte da obra da jornalista e escritora Daniela Arbex, intitulado Cova 312, para tratar de questões como testemunho e memórias traumáticas oriundas da ditadura brasileira. Para tanto, utiliza-se de referencial teórico proposto por Agamben (2008) para debater a questão do testemunho, e de Benjamin (1996) e Gagnebin (2009) para discutir a escrita da história no tempo presente. Sendo o livro composto por dezenas de testemunhos de militantes que vivenciaram o período da ditadura, entende-se que também a autora opera enquanto uma testemunha da história do Brasil, ao dar escuta aos relatos traumáticos dos sobreviventes do período militar. Os testemunhos propiciam uma reflexão sobre passado e memória, em que questões como acesso à verdade e à justiça se entrelaçam às possibilidades do testemunho e à escrita da história no tempo presente.

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Autor/innen-Biografien

Janaína Buchweitz e Silva, Universidade Federal de Pelotas - UFPel

Doutoranda em Letras na Universidade Federal de Pelotas-UFPel

Claudia Lorena Vouto da Fonseca, Universidade Federal de Pelotas - UFPel

Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS. Professora Adjunta do Centro de Letras e Comunicação da Universidade Federal de Pelotas-UFPel. Pós-doutorado pela Universidad Nacional de Cuyo - UnCuyo. Editora da Revista Caderno de Letras - UFPel

Literaturhinweise

AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha (Homo Sacer III). São Paulo: Boitempo, 2008.

ARBEX, Daniela. Cova 312. São Paulo: Geração Editorial, 2015.

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Veröffentlicht

2021-01-31

Zitationsvorschlag

Silva, J. B. e, & Fonseca, C. L. V. da. (2021). A escrita como contraponto ao esquecimento: testemunho e memória traumática em Cova 312. Literatura E Autoritarismo, (36). https://doi.org/10.5902/1679849X63297

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