Primeiro a comida, depois a moral - sobre a canção de cabaré e a reflexão sobre o processo revolucionário alemão no Zeittheater de Bertolt Brecht e Kurt Weill

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X84201

Palavras-chave:

Bertolt Brecht, Kurt Weill, Aristide Bruant, Ópera moderna, Revolução alemã

Resumo

Acompanhando o fio da presença do processo revolucionário alemão de 1919-1923 no chamado “teatro de atualidades” de Bertolt Brecht e Kurt Weill – sob o prisma combinado de uma crítica da recepção brasileira do conceito de teatro épico, da ideia de modernidade musical e da teoria do teatro moderno –, este artigo indica uma nova chave de leitura da obra do chamado jovem Brecht, a partir da presença de algumas práticas culturais urbanas consolidadas em certos números do cabaré francês do século XIX, tal como elas aparecem mobilizadas como material artístico em “A ópera dos três vinténs”.

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Biografia do Autor

Vinicius Pastorelli, Universidade de São Paulo

Mestre pelo DTLLC /FFLCH-USP

(Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP)

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Publicado

2024-10-07 — Atualizado em 2024-12-01

Versões

Como Citar

Pastorelli, V. (2024). Primeiro a comida, depois a moral - sobre a canção de cabaré e a reflexão sobre o processo revolucionário alemão no Zeittheater de Bertolt Brecht e Kurt Weill. Literatura E Autoritarismo, (43), e84201. https://doi.org/10.5902/1679849X84201 (Original work published 7º de outubro de 2024)