Discurso utópico e distópico nas paisagens narrativas de Admirável mundo novo, de Aldous Huxley
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X74930Palavras-chave:
Crítica literária, Utopia, Admirável Mundo Novo, Aldous HuxleyResumo
O objetivo deste artigo é apresentar uma leitura do romance do escritor inglês Aldous Huxley, Admirável mundo novo, à luz dos conceitos de Utopia – visão ideal positiva de uma determinada ordem social, futura ou presente – e de Distopia – caracterização negativa, opressiva de uma ordenação social ideal – como proposições semelhantes, ambas configurando uma determinada visão do cenário futuro. Em comum, os dois termos revelam a tentativa de determinados romancistas de apresentar uma realidade social idealmente organizada, seja ela autoritária ou não. Para nossa análise, buscaremos primeiro contrastar o modo como o narrador de Admirável mundo novo apresenta tanto a realidade urbana quando a selvagem, buscando nas duas caracterizações os pontos dissonantes propostos por Huxley na sua caracterização de um futuro utópico/distópico. Posteriormente, aludiremos às principais personagens do romance, o civilizado Bernard Marx e o selvagem John Savage, para perceber como a realidade social nas quais cada uma delas está inserida altera suas percepções e sua tentativas de alteração dessa realidade. Nosso intento é aprofundar a discussão sobre as relações entre a arte literária e as diferentes caracterizações de utopia ou distopia no romance de Huxley.
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Referências
FREIRE, Roberto; Brito, Fausto. Utopia & Paixão. Rio de Janeiro: Guanabara Loogan, 1991.
HUXLEY, Aldous. Admirável mundo novo. São Paulo: Círculo do Livro, sem data.
ZSCHIRNT, Christiane. Livros. São Paulo: Globo, 2006.
ORWELL, George. 1984. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
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