O coração das trevas, de Joseph Conrad: defesa de uma utopia colonialista ou crítica ao sistema imperial de seu tempo?
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X73921Palavras-chave:
O Coração das Trevas, Cultura, ImperialismoResumo
Pensando o enfrentamento entre o objeto colonizador e sua relação/reação com o dominado, especialmente no cenário do século XIX, encontramos no romance de Joseph Conrad, O Coração das Trevas, um corpus literário no qual esse trabalho concentra sua análise. Se concordarmos com a afirmação de Edward Said, em Cultura e Imperialismo, de que o Oriente se cria a partir do Ocidente, em Conrad percebemos como essa criação ocorre na medida em que o processo civilizatório é brutal e enlouquecedor. A análise proposta nesse ensaio não visa definir por meio de uma obra literária conceitos como de Nação, Cultura ou Identidade Social, conceitos já compreendidos como amplos e mutáveis e impossíveis de serem unitariamente definidos. Antes, o que propomos é um diálogo entre a análise que o teórico pós-colonialista Edward Said faz do processo de colonização e uma representação literária que argumenta positiva/negativamente ao descrever os processos dominadores conhecidos como civilizatórios, nesse caso o romance de Joseph Conrad, O Coração das Trevas.
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Referências
CONRAD, Joseph. O coração das trevas. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2004.
SAID, Edward. Cultura e Imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
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