Higienismo na ficção científica brasileira: da utopia à distopia
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X73926Palavras-chave:
Higienismo, Utopia, Ficção científicaResumo
O presente ensaio pretende mensurar o alcance e a influência exercida pelo movimento higienista brasileiro e pelo pensamento eugênico em obras literárias de determinado gênero, produzidas em momentos históricos distintos. Os objetos da discussão são O Presidente Negro (1926), de Monteiro Lobato, 3 Meses no Século 81 (1947), de Jeronymo Monteiro e Fazenda Modelo (1974), de Chico Buarque, romances categorizados como ficção científica utópica ou distópica. Para empreender seu objetivo, o artigo articula proposições acerca do Higienismo no Brasil à noção da ficção científica como gênero literário.
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