Assombrações do cotidiano
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X73786Palavras-chave:
Teoria Crítica, Estranho, FamíliaResumo
Este artigo se traduz na tentativa de observar e compreender as relações intrínsecas entre uma narrativa fantástica popular – a história do “Cumedô de língua”, retirada do livro Vozes do assentamento Antônio Conselheiro - em contraste com histórias sobre o processo de ocupação e consolidação do assentamento, relatadas por seus protagonistas. Neste meio, procuramos ressaltar a intercessão entre o cotidiano familiar e o elemento fantástico, presente na narrativa abordada. Para compreender o ponto de contato entre ambas, enfocaremos os aspectos míticos que, segundo podemos compreender, compõem, tanto o ambiente cotidiano, quanto a atmosfera de estranhamento que subsiste no fantástico popular. Tal leitura terá, como base teórica, as idéias de Freud sobre o familiar e o não-familiar, delineadas no ensaio “O Estranho” (Unheimlich), bem como as observações de Adorno e Horkheimer sobre a instituição familiar.
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Referências
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