O melhor e o pior de nós em tempo de epidemias: diálogos entre História e Literatura
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X72045Palavras-chave:
Epidemias, Comportamento humano, História e LiteraturaResumo
A proposta deste artigo é analisar os relatos sobre epidemias escritos por historiadores, cronistas e romancistas procurando perceber como descrevem o comportamento humano nessas situações. Autores clássicos da historiografia (Tucídides, Boccaccio, Delumeau, dentre outros) e da literatura mundial (Daniel Defoe, Albert Camus, José Saramago, etc.) enfatizam um comportamento ético dicotômico, entre o bem e o mal. A hipótese é que essa ênfase nos comportamentos extremados é um elemento retórico, decorrente do desejo de que as narrativas sobre epidemias sejam exemplares eticamente. Isso reforça a ideia de Hayden White de que os limites entre a história e a literatura não são intransponíveis.
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