Identidades sociais, padronização e cores: a trajetória de Lenina em Admirável mundo novo, de Aldous Huxley

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X40875

Palavras-chave:

Admirável mundo novo, Lenina, Identidade social, Cores.

Resumo

Em Admirável mundo novo, romance distópico do inglês Aldous Huxley, as diferentes castas em que a sociedade é divida trajam roupas com cores que demarcam as suas posições sociais. No entanto, a personagem Lenina Crowne, pertencente ao grupo Beta, veste diferentes colorações ao longo da narrativa, contrariando os processos de controle mental aos quais foi submetida. Desse modo, o objetivo deste artigo é investigar a trajetória de Lenina, observando como, apesar de ter passado por diferentes processos de condicionamento, as cores de seu vestuário podem representar a sua sobreposição à normatização das identidades sociais. O amparo bibliográfico é oriundo de autores como Eva Heller (2013), Jean Chevalier e Alain Gheerbrant (2017), Kathryn Woodward (2000), Pierre Bourdieu (1989) e Stuart Hall (2000; 2015).

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Biografia do Autor

Alana Michelli Bof, Universidade de Caxias do Sul

Pós-graduanda em Influência Digital - Conteúdo e Estratégia, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Graduada em Comunicação Social - Jornalismo, pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). E-mail: lanamichelli@hotmail.com

Roberto Rossi Menegotto, Universidade de Caxias do Sul

Bolsista PROSUC/CAPES no Programa de Doutorado em Letras – Associação Ampla UCS/UniRitter. Mestre em Letras, Cultura e Regionalidade pela Universidade de Caxias do Sul. E-mail: roberto.rmenegotto@gmail.com

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Publicado

2020-02-15

Como Citar

Bof, A. M., & Rossi Menegotto, R. (2020). Identidades sociais, padronização e cores: a trajetória de Lenina em Admirável mundo novo, de Aldous Huxley. Literatura E Autoritarismo, (34). https://doi.org/10.5902/1679849X40875