A Primeira Guerra Mundial na lírica expressionista
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X25171Palavras-chave:
Primeira Guerra Mundial, Expressionismo, Wilhelm Klemm, Hans Leybhold, Alfred LichtensteinResumo
O objetivo deste artigo é analisar poemas expressionistas cujos autores expressaram, liricamente, suas vivências de guerra como soldados na frente de batalha. Mesmo antes da eclosão da guerra, esta já se prefigurava como uma catástrofe social que, posteriormente, se revelaria em toda a sua virulência. Jovens que vivenciaram o “reino das chamas” e os “labirintos fumegantes da batalha” (Ernst Jünger) encontraram na lírica uma forma apropriada para expressar suas percepções sensoriais sob condições precárias e constante perigo de morte no front. Imagens apocalípticas não eram incomuns. A euforia que predominava também entre os expressionistas com a eclosão da “Grande Guerra” e com a possibilidade de uma transformação social logo se dissipou, à medida que a chamada “guerra de material” revelou-se em toda a sua virulência e horror. Guerra, ódio, miséria, caos, destruição, loucura, violência e morte puderam ser representadas de modo pungente pela estética do Expressionismo.Downloads
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