A Ditadura Militar brasileira revista em dois textos de Salim Miguel
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X18263Palavras-chave:
Salim Miguel, Military Dictatorship, Trauma, Forma narrativaResumo
O presente trabalho centra-se na análise do livro Primeiro de abril: narrativas da cadeia e na crônica Seqüelas de uma prisão, presente no compêndio Eu e as corruíras, do escritor catarinense Salim Miguel. Nesses relatos, destaca-se a experiência traumática vivida pelo autor durante os quarenta e oito dias em que esteve preso pela Ditadura Militar, em Florianópolis, e suas consequências futuras. Assim, tanto no relato testemunhal quanto na crônica pode-se perceber certa dificuldade em dizer aliada a um dever ético de lembrar, de não deixar esquecer. Dever este que subjaz a própria subjetividade do escritor-narrador que, mesmo traumatizado, intenta debruçar-se sobre os acontecimentos de forma racional, isenta, e encontra reflexos inclusive na forma escolhida para narrar. Nesse sentido, o objetivo do trabalho é analisar o porquê de certas escolhas formais na narrativa, buscando, para isso, auxílio na crônica jornalística produzida pelo escritor.
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