As escritas de si e a emergência da autoficção: um campo de indefinições
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X27984Resumo
As escritas de si compreendem um campo conceitual amplo, nem sempre claramente demarcado. Indefinição que faz com que uma variedade de termos teóricos sejam utilizados, muitas vezes como sinônimos. Profusão de nomes que atesta de antemão a dificuldade em delinear como também em delimitar um campo tão heterogêneo. E se aplica igualmente à própria tentativa de esclarecer suas origens, isto é, sua relação com o individualismo moderno. Nesse sentido, torna-se imprescindível, antes de pensarmos sobre as escritas de si na literatura contemporânea, refletir sobre a categoria individualidade e sua aceitação inconteste, como se ela fosse atemporal e compreensível por si mesma. Percurso analítico que permitirá vislumbrar a autoficção não como "uma variantes pós-moderna da autobiografia", mas como uma forma de escrita que rompe com esse modelo narrativo ao colocar em evidência uma série de questionamentos e dúvidas que permeiam o homem contemporâneo, principalmente desde a segunda metade do século XX.Downloads
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