Schopenhauer em Signos: maquinismo e livre-arbítrio no magnetismo do amor

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378656907

Palabras clave:

Nestor Victor, Filosofia, Literatura Brasileira, Schopenhauer

Resumen

A publicação de Signos (1897), de Nestor Victor, é um marco na expansão conceitual do Simbolismo no Brasil e nas reflexões acerca dos problemas da civilização no fim de século. Verifica-se nos seus contos a presença do heterodiscurso, sendo fundamental a voz de Arthur Schopenhauer, tendo como referência a sua obra Metafísica do Amor. Por outro lado, o narrador desenvolverá uma voz que se oporá ao maquinismo do amor, a essa determinação dos sentimentos pelo dever biológico. No universo de Signos, levando-se em conta a grande verdade sobre a natureza, revelada pelo filósofo, os casais não mais se encontrarão, uma vez que a paixão se esgota no tédio por causa da violência do instinto.

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Biografía del autor/a

Roberto da França Neves, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ.

Mestre em Literatura Comparada e Literatura Brasileira em pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

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Publicado

2021-01-15

Cómo citar

Neves, R. da F. (2021). Schopenhauer em Signos: maquinismo e livre-arbítrio no magnetismo do amor. Voluntas: International Journal of Philosophy, 11(3), 189–206. https://doi.org/10.5902/2179378656907