Trust as a social emotion
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378693794Palavras-chave:
Confiança, Emoção, Sociedade, Cooperação, Razões para agirResumo
O desenvolvimento de relações de confiança é um dos aspectos centrais da sociabilidade humana. A confiança possibilita que as pessoas contem e cooperem umas com as outras, criando as condições para que alcancem bens e promovam seus interesses e bem-estar. Porém, justificar a confiança possa ser uma tarefa complexa. Este artigo oferece uma proposta sobre a natureza da confiança e sua possível justificação que busca combinar aspectos cognitivos e emocionais em uma visão unificada, conciliando duas tendências opostas na literatura, a saber, racionalistas e emocionais. A confiança deve ser entendida como uma relação normativa de um tipo especial e uma combinação de racionalidade restrita e "amplificação" emocional. Mais especificamente, ela envolve uma complexa emoção social de dois níveis, com um papel duplo: em parte, responde às evidências disponíveis daquele que confia sobre a confiabilidade dos outros, mas também vai além dessa evidência ao expressar uma forma de otimismo que nunca elimina a vulnerabilidade e o risco. Assim, a confiança é uma espécie de otimismo prático e abertura ao outro cultivada em ambientes sociais. Como tal, a justificação possível para a confiança será, em última análise, "subjetiva".
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