Ninguém mais lerá a inscrição “Era uma vez...”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378685445

Palavras-chave:

Günther Anders, Progresso, Catástrofe

Resumo

O presente artigo pretende apresentar, a partir da filosofia de Günther Anders, a mudança de nosso estatuto metafísico com o advento do antropoceno, o qual borrou os contornos que distinguiam a história natural e a história humana, em razão das mudanças climáticas. Tornamo-nos seres de um novo gênero, mas, também, apocalípticos de um novo gênero, a saber, apocalípticos profiláticos. O eixo apocalíptico já não é mais aquele da bomba, antes, é o do aquecimento global. A ideia progresso – que no século XX perdeu sua dimensão emancipatória – tornou o desenvolvimento técnico cúmplice da catástrofe, na medida em que o progresso oferece uma compreensão distorcida da história e do tempo. Seria preciso reeducar a nossa imaginação moral para adiar o fim do mundo.

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Biografia do Autor

Alisson Ramos de Souza, Universidade Federal de São Carlos

Possui graduação em Música pela Universidade Estadual de Londrina (2012) e Mestrado em Filosofia pelo programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Estadual de Londrina (2016). Publicou pela Editora FI o livro "Deleuze e o corpo: por uma crítica da consciência" (2017). Atualmente é doutorando em Filosofia na Universidade Federal de São Carlos. Áreas de interesse: filosofia da diferença, fenomenologia e dialética

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Publicado

2024-04-05

Como Citar

Ramos de Souza, A. (2024). Ninguém mais lerá a inscrição “Era uma vez.”. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 14(2), e85445. https://doi.org/10.5902/2179378685445

Edição

Seção

Dossiê Catástrofe