Filosofia política do pessimismo moderno: Estado e propriedade em Schopenhauer

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DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378684910

Parole chiave:

Estado, Esquerda schopenhaueriana, Pessimismo, Propriedade, Conservadorismo

Abstract

Pelo menos desde o século XIX, a relação entre o pessimismo e a política tem suscitado o debate entre diversos filósofos, cujas leituras têm apontado para compreensões bastante opostas. Por um lado, há a leitura tradicional, que aproxima Schopenhauer, o fundador do pessimismo moderno, de uma concepção política conservadora, como é o caso das críticas feitas por Lukács. Por outro lado, há uma apropriação crítica, por parte de uma assim chamada “esquerda schopenhaueriana”, de aspectos desse pessimismo, como fazem Mainländer, Lütkehaus, Horkheimer e a escola de Teoria Crítica. Neste artigo, buscamos analisar algumas categorias de pensamento político, social e econômico de Schopenhauer e as distintas leituras de sua filosofia.

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Biografia autore

Rafael José de Lemos, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutorando em Filosofia, na área de Ética e Filosofia Política, pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGFIL-UFSC). Mestre (2021) e graduado (2017) em Filosofia pela mesma instituição. Professor na rede estadual de Santa Catarina. Desenvolve pesquisa na área de Teoria e Filosofia Política, com ênfase na teoria anarquista. Tem interesses em: teorias do Estado; relações entre política, economia e sociedade; materialismo e dialética; conflitos sociais e resistências.

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Pubblicato

2024-03-22

Come citare

Lemos, R. J. de. (2024). Filosofia política do pessimismo moderno: Estado e propriedade em Schopenhauer. Voluntas: International Journal of Philosophy, 14(1), e84910. https://doi.org/10.5902/2179378684910

Fascicolo

Sezione

Studi Schopenhaueriani