Sobre quimeras e monstros fantásticos: lições de Montaigne sobre a epidemia, o isolamento e o contágio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378644012

Palavras-chave:

Subjetividade, Ensaios, Epidemia, Isolamento, Contágio

Resumo

O presente artigo busca, a partir da filosofia de Michel de Montaigne, explicitar quais lições podemos aprender sobre o contexto de epidemia em que vivemos. Mas, afinal, aqui fica a pergunta fundamental deste texto: o que podemos aprender com um filósofo francês do século XVI, Michel de Montaigne, sobre esse momento tão devastador que estamos vivendo? É claro que Montaigne não nos dirá nada sobre a natureza do vírus, nem sobre nosso sistema imunológico, muito menos sobre metodologias de investigação científicas para a procura de medicamentos para o tratamento da doença. O que Montaigne nos pode ensinar é algo de outra ordem, não da biológica, mas, da subjetiva. É uma (nova) disposição de nosso espírito que podemos aprender a desenvolver com o filósofo.

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Biografia do Autor

Diego Azizi, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, PR

Professor de Filosofia na Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, PR

Referências

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Publicado

2020-07-03

Como Citar

Azizi, D. (2020). Sobre quimeras e monstros fantásticos: lições de Montaigne sobre a epidemia, o isolamento e o contágio. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 11, e19. https://doi.org/10.5902/2179378644012

Edição

Seção

Ed. Especial: Pandemia e Filosofia (Publicação Contínua)