Akrasia e errância da vontade em Schopenhauer

Autores

  • Bruno Wagner D'Almeida de Souza Santana Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378633959

Palavras-chave:

Vontade, Descontinuidade, Fantasia

Resumo

Partindo do que Schopenhauer considera ser o pressuposto de toda ética, a significação interior do mundo, isto é, a diversidade que vige nas ações humanas entre a causalidade interior e a materialidade do mundo, o presente artigo recorre inicialmente à Crítica da filosofia kantiana, onde Schopenhauer afirma que Kant operou na filosofia a maior de todas as revoluções ao instaurar uma descontinuidade entre o ideal e o real, insurgindo-se assim contra o realismo filosófico, substituindo a crença na potência do intelecto pela noção de fantasia e incluindo o fator subjetivo dentre as causas da variação de humor. Mas para além do mundo mediado pela subjetividade há o mundo como vontade, onde se desenha a história trágico-cômica do mundo: a vontade não se move em direção a um objeto que justifique seu desgaste, que a recompense proporcionalmente ao esforço realizado e garanta-lhe a satisfação esperada.

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Biografia do Autor

Bruno Wagner D'Almeida de Souza Santana, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

Doutorando em Filosofia pela PUC-RJ.

Referências

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Publicado

2013-12-02

Como Citar

Santana, B. W. D. de S. (2013). Akrasia e errância da vontade em Schopenhauer. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 4(2), 92–102. https://doi.org/10.5902/2179378633959

Edição

Seção

Estudos Schopenhauerianos