Absurdo e limite na filosofia de Schopenhauer
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378633637Palavras-chave:
Absurdo, Limite, Hermenêutica, Sabedoria, Teoria, DoutrinaResumo
O ponto de partida do trabalho foi a inquietante e surpreendente leitura de Rosset da filosofia schopenhaueriana. Inicialmente, inclina-se mais na direção crítica em relação à tese de Rosset sobre a filosofia do absurdo, que sobre a tese, de resto talvez bem mais polêmica, da intuição genealógica. Aceitando a diferenciação radical estabelecida por Schopenhauer entre os planos metafísico e empírico defende-se a hipótese de que há, nos textos deste, uma relação possível entre ambos: uma relação que chamamos de hermenêutica. É no seu nascedouro, portanto, que a filosofia de Schopenhauer recebe a cicatriz que a fará alvo daqueles que tentarão forçá-la a adequar-se a uma das alternativas: saber ou filosofia, sabedoria ou teoria, visão de mundo ou doutrina. Em todo caso, defendemos que o importante é a clara consciência dos limites que parecem estar em jogo na relação entre Representação e Vontade. Portanto, o problema da realidade e da idealidade aponta, finalmente, para a necessidade de impormos limites à filosofia e, assim, tornar possível a caracterização da metafísica de Schopenhauer como filosofia do limite.
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Referências
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