A construção do mercado de tecnologias: alguns apontamentos sobre a participação do Estado a partir do polo tecnológico de Florianópolis.

Autores

  • Leandro dos Santos Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC
  • Márcia da Silva Mazon

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236672526323

Palavras-chave:

Sociologia econômica, Inovação tecnológica, Estado.

Resumo

O objetivo do artigo é mapear o quadro de atuação do Estado no processo de construção do mercado de bens tecnológicos no Brasil. Analisamos a estruturação do polo tecnológico de Florianópolis, capital de Santa Catarina, o qual desponta em âmbito nacional como espaço ligado ao empreendedorismo inovador. O trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas semiestruturadas com atores do setor. Os resultados apontam que além do Estado ser um ator chave como provedor de recursos materiais e financeiros para o desenvolvimento das atividades e empreendimentos, são as mudanças no conteúdo da legislação e as políticas para a inovação elementos que contribuem na construção de uma aproximação cognitiva entre os diferentes atores. Neste quadro institucional, a inovação tecnológica passa a fazer parte do 'universo dos possíveis' confirmando que o Estado é um poderoso produtor de categorias e hierarquias como já anunciado por Bourdieu. Entre as modalidades de intervenção na configuração das condições de realização da inovação tecnológica, e que são realizadas sob a influência e mediação de empresas, associações, fundações de tecnologia e universidades, encontram-se políticas voltadas para a formação de novos atores, infraestrutura, subsídios fiscais, investimentos financeiros e publicidade que dão sustentação à constituição da oferta e demanda econômico-tecnológica por novos produtos e processos. 

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Publicado

2017-03-24

Como Citar

Santos, L. dos, & Mazon, M. da S. (2017). A construção do mercado de tecnologias: alguns apontamentos sobre a participação do Estado a partir do polo tecnológico de Florianópolis. Século XXI – Revista De Ciências Sociais, 6(2), 125–156. https://doi.org/10.5902/2236672526323