Avec « nos ancêtres »: lutte et grammaire dans la reconnaissance de sites de restes humains à Rio de Janeiro.

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.5902/2236672537541

Mots-clés :

mouvement noir, ancêtres, vérité, réparation, esclavage.

Résumé

Avec la revitalisation urbaine dans la région portuaire de la ville de Rio de Janeiro, dans le cadre du projet Porto Maravilha, lancé en 2011, on a découvert des signes d'un ancien cimetière de personnes asservies. Devant cela, les organisations du mouvement noir ont commencé à travailler pour la préservation du site archeologique et pour rendre hommage aux ancêtres dans l'espace public. À partir de recherches qualitatives, de la utilisation de documents et de vidéos, j’envisage comment l’utilisation des catégories liées à la recherche de la vérité et à la promotion de la réparation pour discuter l’esclavage et le trafic transatlantique est devenue courante. En outre, des cérémonies religieuses ont été organisées afin de reconnaître l'énergie du site et la force des ancêtres, contribuant ainsi à la composition locale du débat sur les tragédies et les douleurs historiques.

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Biographie de l'auteur

Marcia Leitão Pinheiro, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF)

Doutora em Ciências Humanas (Antropologia Cultural) pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Professora da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Campos dos Goytacazes, RJ.

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Publiée

2020-06-23

Comment citer

Leitão Pinheiro, M. (2020). Avec « nos ancêtres »: lutte et grammaire dans la reconnaissance de sites de restes humains à Rio de Janeiro. Século XXI: Revue Des Sciences Sociales, 9(2), 446–480. https://doi.org/10.5902/2236672537541

Numéro

Vol. 9 No 2 (2019): Dossier Politiques de souffrance et gestion des tragédies collectives. Les victimes et la ressource au religieux, au sacré et au surnaturel.

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