La “misère” de l´éducation: analyse d´un manuel “d´entrepreneuriat” du SEBRAE pour les enseignants de l´école élémentaire et du collège
DOI :
https://doi.org/10.5902/2236672535678Mots-clés :
Sebrae, Idéologie, Aliénation, Entrepreneuriat, ÉcoleRésumé
Le Service brésilien de soutien aux micro et petites entreprises (Sebrae) a été la principale agence au Brésil ayant divulgué ce que l´on appelle «l´entrepreneuriat». Dans les capitales d´états et plus particulièrement en province, une des actions de l´agence a consisté à établir des accords avec les municipalités en vue de vendre des projets tournés vers la formation de sujets entreprenants. Parmi les projets, on trouve le programme Jeunes Entrepreneurs premiers pas, il s´agit d´un cours «d´entrepreneuriat» destiné aux enfants et aux jeunes des écoles publiques et privées. Ce travail analyse le contenu discursif du manuel du professeur, élaboré par cette agence et destiné à des éducateurs de CP. Dans cette analyse, nous considérons le Sebrae un appareil privé d´hégémonie, concept du penseur italien Antonio Gramsci, de plus nous cherchons à comprendre le manuel en nous fondant sur la conception d´idéologie conçue par le même auteur. Notre analyse a identifié des aspects qui mettent en évidence des ressources narratives qui visent à faire l´éloge et à naturaliser l´acte d´ouvrir une entreprise. Ces ressources cherchent, entre autres, à rattacher au monde des affaires des aspects qui lui sont étrangers, outre de cacher des facteurs importants pour la compréhension de la réalité concrète. Finalement, nous constatons que le cours stimule la valorisation de la valeur d´échange, il laisse de côté la valeur-travail et reproduit le phénomène de l´aliénation.Téléchargements
Références
ANTUNES, R. O século XX e a era da degradação do trabalho. In: SILVA, J. P. (Org.) Por uma sociologia do século XX. São Paulo: Ed. AnnaBlume, 2007, pp. 21-35.
APPLE, M. W. Ideología y currículo. Ed. Akal, Argentina/España/México, 2016.
BRESSER-PEREIRA, L. C. Construindo o Estado Republicano: Democracia e reforma da gestão pública. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2009.
BRESSER-PEREIRA, L. C. Reforma do Estado para a Cidadania. A Reforma Gerencial Brasileira na Perspectiva Internacional. São Paulo: Ed. 34, Brasília: ENAP, 2011.
BRESSER-PEREIRA, L. C. Gestão do setor público: estratégia e estrutura para um novo Estado. In: BRESSER-PEREIRA, L. C. (Org.). Reforma do Estado e Administração Pública Gerencial. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2006.
COAN, M. Educação para o empreendedorismo como estratégia para formar um trabalhador de novo tipo. Revista LABOR, nº 9, v.1, pp.1-18, 2013. http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/6609/4833.
BOTELHO, M. dos R.; MENDONÇA, M. As políticas de apoio à geração e difusão de tecnologias para as pequenas e médias empresas no Brasil. Série Desarrollo Productivo, nº 127, CEPAL, Chile, 2002.
BOTTOMORE, T. Ideologia (verbete) In: Dicionário do Pensamento Marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
DARDOT, P.; LAVAL, C. A nova razão do mundo. Ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016.
DIAS, G. P. Empreendedorismo e Educação: O SEBRAE na Escola. 2006. Dissertação (Mestrado em Educação), Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, 136 p.
DIAS, V. T. O papel das associações classistas da indústria na criação do antigo CEBRAE. Revista Sinais, n. 21/1, pp.27-45, 2017. http://www.periodicos.ufes.br/sinais/article/download/14461/11977.
DIAS, V. T. Trajetória de uma agência no âmbito do Estado Integral: o caso do SEBRAE. 2012. Tese (Doutorado em Sociologia) Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Rio de Janeiro, 360 p.
DIAS, V. T.; WETZEL, U. Empreendedorismo como Ideologia: análise da revista Exame em dez anos de publicação. Revista de Ciências Humanas, v. 44, número 1, pp. 97-118, 2010. https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/view/2178-4582.2010v44n1p97/14410
FAIRCLOGH, N. Discurso, mudança e hegemonia. In: PEDRO, E. R. (Org.) Análise Crítica do Discurso. Lisboa: Caminho, pp 77-103, 1997.
FILIPPINI, M. Tra scienza e senso comune. Dell’ideologia in Gramsci. In: Scienza & Politica, vol. XXV, nº 47, 2012, pp. 99. https://scienzaepolitica.unibo.it/article/view/3840/3246
GORZ, André. Metamorfoses do trabalho: crítica da razão econômica. São Paulo, Annablume, 2003.
GRAMSCI, A. Cadernos do Cárcere. Vol. 3, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
HARVEY, D. O neoliberalismo. História e implicações. São Paulo: Edições Loyola, 2008.
HEGEL, F. Princípios da Filosofia do Direito. Guimarães Editores, Lisboa, s/d.
KURZ, R. O colapso da modernização. Da derrocada do socialismo de caserna à crise da economia mundial. Rio de Janeiro, ed. Paz e Terra, 1992.
LIGUORI, G.; VOZA, P. Aparelho Privado de Hegemonia (verbete). Dicionário Gramsciano (1926-1937). São Paulo: Boitempo Editorial, 2017.
LIMA, J. C. Participação, empreendedorismo e autogestão: uma nova cultura do trabalho? In: Sociologias, Porto Alegre, ano 12, nº 25, set./dez., pp. 158-198, 2010. http://www.scielo.br/pdf/soc/v12n25/07.pdf.
LOPÉZ-RUIZ, O. Os executivos das transnacionais e o espírito do capitalismo: capital humano e empreendedorismo como valores sociais. São Paulo: Ed. FAPESP; Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2007.
MARX, K. O Capital. Livro 1. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013.
MARX, K.; ENGELS, F. A Ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007.
MÉSZÁROS, I. A Educação para além do Capital. São Paulo: Ed. Boitempo, 2008.
MIGUEL, L. F. Da “doutrinação marxista” à "ideologia de gênero" - Escola Sem Partido e as leis da mordaça no parlamento brasileiro. Revista Direito & Práxis, Rio de Janeiro, Vol. 07, N. 15, 2016, p. 590-621. http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaceaju/article/view/25163/18213
NOVACK, G. Introduction. In: NOVACK, G.; MANDEL, E. The marxism theory of alienation: three essays by Ernest Mandel and George Novack. New York: Pathfinder Press, 1970.
OFFE, C. Capitalismo Desorganizado. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1985.
SANTIAGO, E. G. Vertentes teóricas sobre empreendedorismo em Schumpeter, Weber e Mcclelland: novas referências para a sociologia do trabalho. Revista de Ciências Sociais, v. 40, nº 2, 2009. http://www.periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/488/470
SAVIANI, D. O Plano de Desenvolvimento da Educação: análise do projeto do MEC. Revista Educação & Sociedade. V. 28, n. 100, Campinas, out, 2007. http://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a2728100.pdf
SEBRAE. O mundo das ervas aromática. Jovens Empreendedores Primeiros Passos, Brasília, DF, 2012.
SECCO, L. Gramsci e a Revolução. São Paulo: Ed. Alameda, 2006.
SENNETT, R. A corrosão do caráter. Consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro/São Paulo: Ed. Record, 2012.
SCHLESENER, A. H. Grilhões Invisíveis: as dimensões da ideologia, as condições de subalternidade e a educação em Gramsci. Ponta Grossa: EdUEPG, 2016.
VASAPOLLO, L. O Trabalho Atípico e a Precariedade. São Paulo: Ed. Expressão Popular, 2005.
VELASCO E CRUZ, S. C. Trajetórias: capitalismo neoliberal e reformas econômicas nos países da periferia. São Paulo: Ed. UNESP/PUC-SP, 2007.
WILLIAMS, R. Marxismo e Literatura. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 1979.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les termes suivants:
a) Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent le droit revue de la première publication de l'œuvre à la fois sous licence Creative Commons Attribution, qui permet le partage du travail et la reconnaissance de sa première publication dans ce journal.
b) Les auteurs sont en mesure de prendre des contrats supplémentaires séparément pour distribution non exclusive de la version de l'article publié dans ce journal (par exemple, dans le dépôt institutionnel ou de publier sous forme de chapitre de livre), avec la reconnaissance de sa publication initiale dans cette revue.
c) Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier leur travail (par exemple, dans les dépôts institutionnels ou sur leur site internet) avant et pendant le processus de soumission en ligne, car il peut conduire à des échanges fructueux, ainsi que d'augmenter l'impact et la citation des travaux publiés.