A sustentabilidade nas políticas públicas de crédito rural e seguro agrícola para a agricultura familiar
DOI :
https://doi.org/10.5902/2236672528134Mots-clés :
Política pública, agroecologia, SEAF, Pronaf, Três Is.Résumé
O objetivo do trabalho foi identi car e compreender as dinâmicas operacionais e a capacidade do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Seguro da Agricultura Familiar (SEAF) em estimular ou restringir a adoção dos preceitos da sustentabilidade. O referencial teórico dos "Três Is" orientou a análise pelas ideias, interesses e instituições que interferem sobre a racionalidade técnico-produtiva dos agricultores familiares, lhes estimulando e/ou coagindo a adotar técnicas e insumos na direção da maior ou menor sustentabilidade - aqui entendida como um parâmetro gradual, visto que nada é totalmente sustentável. O estudo de caso conduzido em dezenove municípios região Extremo Oeste Catarinense contemplou entrevistas semiestruturadas com vinte operadores locais e 37 agricultores familiares, dentre o quais nove são orientados pela agroecologia. A análise de discurso das entrevistas permite concluir que essas políticas públicas oferecem estímulos à adoção de sistemas de produção mais intensivos que desconsideram preceitos da sustentabilidade, além de enfrentarem dificuldades para atender as especi cidades da produção orientada pela agroecologia.
Téléchargements
Références
BÚRIGO, F. L. Finanças e Solidariedade: cooperativismo de crédito rural solidário no Brasil. Chapecó: Argos, 2010.
CAILLE, A. Nem holismo nem individualismo metodológicos: Marcel Mauss e o paradigma da dádiva. Rev. Brasileira Ciências Sociais, Vol.13, n°.38, pp. 5-38. 1998.
CAPELLESSO, A. J. et al. Economic and environmental impacts of production intensification in agriculture: comparing transgenic, conventional and agroecological maize crops. Agroecology and sustaineble food Systems. Vol. 40, i.3, pp. 215-236. 2016a.
CAPELLESSO, A. J. et al. Ambiguidade de referenciais tecnológicos da ação pública no meio rural: agricultura familiar e limites à sustentabilidade. Desenvolv. Meio Ambiente, v. 36, p. 167-187, 2016b.
CONCEIÇÃO, O. A. C. Além da transação: uma comparação do pensamento dos institucionalistas com os evolucionários e pós-keynesianos. Economia, Vol. 7, n°. 3, pp. 621-642, 2007.
GIDDENS, A. (1984). A Constituição da Sociedade. (Tradução: Álvaro Cabral). 2ª Edição. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
GRISA, C.; SCHNEIDER, S. (Orgs). Políticas públicas de desenvolvimento rural no Brasil. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2015.
HALL, P. A. TAYLOR, R. C. R. As três versões do neoinstitucionalismo.
Lua nova. n°. 58, pp. 193-224, 2003.
HOMANS, G. C. Behaviorismo e pós-behaviorismo. In.: GIDDENS, A. TURNER, J. (Orgs.), 1987. Teoria social hoje. São Paulo: Editora Unesp (FEU), 1999, pp. 91-126.
ORTIZ, R. A procura de uma sociologia da prática. In: ORTIZ, R. Bourdieu:
sociologia. SP, Ática, 1983.
PALIER, B.; SUREL, Y. Les “trois i”et l’analyse de l’état em action. Revue française de science polítique. Vol. 55. n°. 1, pp.7-32, 2005.
PERES, P. S. Comportamento ou instituições? A evolução histórica do neoinstitucionalismo da ciência política. Rev. Brasileira de Ciências Sociais, Vol. 23, n°. 68, pp. 53-71, 2008.
PETERSEN, P. Agroecologia e a superação do paradigma da modernização. IN: NIEDERLE, P. A. et al. Agroecologia: práticas, mercados e políticas para uma nova agricultura. Curitiba: Kairós, 2013. pp. 69- 103.
SILVA, V. L. da. Perspectivas teóricas no institucionalismo clássico. Revista de Ciências Humanas, Vol. 12, n°. 1, pp. 145-164, 2012.
SUREL, Y. Chronique - Idées, intérêts, institutions dans l’analyse des politiques publiques, Pouvoirs, revue française d’études constitutionnelles et politiques, n°87 - L’extrême droite en Europe, pp.161-178, 1998.
THÉRET, B. As instituições entre as estruturas e as ações. Lua Nova. n°.
pp. 225-255. 2003.
VASCONCELOS, J. M. M. Seguro da agricultura familiar (SEAF): História, implementação e desafios em Francisco Beltrão (PR). Dissertação (Mestrado em Agronegócios). Programa de Pós-Graduação em Agronegócio. Faculdade de Agronomia e Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, 2012. 136p.
VEIGA, J. E. da. Desenvolvimento sustentável: o desafio do Século XXI. Rio de Janeiro: Garamond, 2010.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les termes suivants:
a) Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent le droit revue de la première publication de l'œuvre à la fois sous licence Creative Commons Attribution, qui permet le partage du travail et la reconnaissance de sa première publication dans ce journal.
b) Les auteurs sont en mesure de prendre des contrats supplémentaires séparément pour distribution non exclusive de la version de l'article publié dans ce journal (par exemple, dans le dépôt institutionnel ou de publier sous forme de chapitre de livre), avec la reconnaissance de sa publication initiale dans cette revue.
c) Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier leur travail (par exemple, dans les dépôts institutionnels ou sur leur site internet) avant et pendant le processus de soumission en ligne, car il peut conduire à des échanges fructueux, ainsi que d'augmenter l'impact et la citation des travaux publiés.


