Agro al galope
alegorías de la conquista y el agrobolsonarismo
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236672590501Palabras clave:
Agronegocio, Bolsonarismo, Blancura, Caballos, SojaResumen
Este artículo tiene como objetivo explicar el lenguaje alegórico vinculado a las formas de enunciación política de las asociaciones empresariales de productores de soja en sus bases en Mato Grosso y la capital federal. La perspectiva etnográfica nos permite identificar estereotipos movilizados en la disputa por la “agricultura” entre la concertación política de los movimientos agroindustriales y campesinos y los pueblos y comunidades tradicionales. La alegoría del “gaucho”, especialmente la imagen del héroe a caballo, corresponde a esta arma discursiva de poder que, operando como estereotipo, tiende a marcar la ausencia de algo deseable en su objeto, que es precisamente el “trabajo manual”. o prácticas laborales ligadas a la rusticidad campesina. La incorporación del caballo en estos espectáculos públicos, así como el uso de “frontera” para designar las áreas de interés de la plantación contemporánea, son mensajes reveladores de la persistencia de la guerra de conquista colonial.
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