Antropologia e usos da história

possibilidades do não-linear em um campo zapatista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236672590507

Palavras-chave:

Antropologia e história, historicidade não-linear, instrumentalização da história, resistência indígena, Movimento Zapatista

Resumo

Este artigo trata de usos da história feitos na e pela antropologia e dos potenciais analíticos de pensar a partir de lógicas que não seguem uma linha temporal ascendente. Discute como algumas teorias clássicas utilizaram, prescindiram ou analisaram a história em suas abordagens espitêmológico-metodológicas. Além disso, também explora “outras historicidades” (Schwarcz, 2005), análises antropológicas que repensam as relações entre passado, presente e futuro. Proponho pensar em um caso em que os sujeitos não apenas vivenciam a história não-linear, mas a instrumentalizam como forma de resistência. Me refiro ao Movimento Zapatista, formado por indígenas do sudeste do México. Com base em duas fases de pesquisa etnográfica — uma documental outra presencial e realizada no estado de Chiapas (2016-2017) —, analiso como seus discursos e projetos embaralham os tempos de duas maneiras: na primeira, passado e presente são indistinguíveis nos comunicados que tratam de história; na segunda, o futuro vive no presente e na construção de um projeto para sobreviver ao fim do mundo, mobilizando emoções e criando alternativas.

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Biografia do Autor

Júnia Marúsia Trigueiro de Lima, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

Doutora em antropologia pela Universidade de Brasília (UnB), professora de antropologia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

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Publicado

2024-12-27

Como Citar

Lima, J. M. T. de. (2024). Antropologia e usos da história: possibilidades do não-linear em um campo zapatista . Século XXI – Revista De Ciências Sociais, 14(2), 209–226. https://doi.org/10.5902/2236672590507

Edição

Seção

Artigos Livres