Agro a galope

alegorias da conquista e agrobolsonarismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236672590501

Palavras-chave:

Agronegócio, Bolsonarismo, Branquitude, Cavalos, Soja

Resumo

Este artigo visa explicitar a linguagem alegórica ligada às formas de enunciação política de associações patronais de sojicultores em suas bases no Mato Grosso e na capital federal. A perspectiva etnográfica permite identificar estereótipos mobilizados na disputa pela “agricultura” travada entre a concertação política do agronegócio e os movimentos camponeses e povos e comunidades tradicionais. A alegoria do “gaúcho”, especialmente a imagem do herói a cavalo, corresponde a essa arma discursiva de poder que, operando enquanto estereótipo, tende a marcar a ausência de algo desejável no seu objeto que é justamente o “trabalho braçal” ou práticas laborais ligadas à rusticidade camponesa. A incorporação do cavalo nessas performances públicas, assim como o uso de “fronteira” para designar as áreas de interesse da plantation contemporânea, são mensagens reveladoras da persistência da guerra de conquista colonial.

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Biografia do Autor

Luciana Schleder Almeida, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)

Mestra e doutora em sociologia e antropologia (IFCS / UFRJ). Professora adjunta (nível III, classe C) da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Unidade Acadêmica: Instituto de Humanidades e Letras.

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Publicado

2024-12-27

Como Citar

Almeida, L. S. . (2024). Agro a galope: alegorias da conquista e agrobolsonarismo. Século XXI – Revista De Ciências Sociais, 14(2), 91–108. https://doi.org/10.5902/2236672590501

Edição

Seção

Dossiê