Questões estratégicas de direitos de gênero, relações sociais paradoxais e políticas afirmativas
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236672565478Palavras-chave:
Políticas públicas, Gênero, Participação, Direitos, ViolaçõesResumo
Desigualdades e reconhecimento da diversidade constituem um desafio político e cultural persistente e como tal justifica uma abordagem pelas lentes das ciências sociais. A pesquisa propõe examinar algumas tendências de questões de gênero e suas conexões com políticas públicas. Na metodologia recorremos a bancos de dados e centros de pesquisa sobre questões feministas, realizamos entrevistas e aprimoramos a observação das práticas socioculturais. Nesse sentido, políticas públicas que enfocam a realidade das mulheres são reconhecidas como instituídas, sem esquecer que isso se traduz na existência de lutas sociais históricas. A implementação de políticas visa mitigar as desigualdades de gênero, denominadas ações afirmativas ou resgate da cidadania. Ao abordar a participação na democracia representativa como basilar dos direitos das mulheres, alguns outros tópicos estão relacionados: os direitos inscritos na legislação, a questão do trabalho, as formas de organização coletiva, a permanência da violência de gênero.
Downloads
Referências
RAÚJO, C. Valores e desigualdade de gênero: mediações entre participação política e representação democrática. Civitas - Revista de Ciências Sociais, Vol. 16/ 2, 2016, p. 36-61.
BIROLI, F.; MIGUEL, L. F. Feminismo e política: uma introdução. Boitempo Editorial, 2015.
BOATCĂ, M.; ROTH, J. Unequal and Gendered: Notes on the Coloniality of Citizenship. Current Sociology, n. 64/2, 2016, p.191-212.
CAVENAGHI, S.; ALVES. J. E. D. Desigualdades de gênero na política na América Latina e as eleições presidenciais do Brasil em 2010. Pensamento Plural, n.11, p 45-81, 2014.
CRAMPTON, S. M.; MISHRA, J. M. Women in management.Public Personnel Management, Alexandria, Vol. 28, n.1, p.97-106, 1999.
COSTA, S. Quase crítica: insuficiências da sociologia da modernização reflexiva. Tempo social, Vol. 16, n. 2, p. 73-100, 2004.
COSTA, S. Entangled Inequalities, State, and Social Policies in Contemporary Brazil. In: Ystanes; Margit; Strønen, Iselin Åsedotter. The Social Life of Economic Inequalities in Contemporary Latin America. Palgrave Macmillan, Cham, 2018. p. 59-80.
ENGEL, C. L. et al. A violência contra a mulher. Brasília: IPEA, 2020.
FONTOURA, N. de O.; GONZALEZ, R. H. S. Aumento da participação de mulheres no mercado de trabalho: mudança ou reprodução da desigualdade?. IPEA. Nota técnica n. 41. 2009. Disponível em http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/4056/1/bmt41_05_NT_Aumento.pdf
FONTOURA, N. O.; BONETTI, Alinne. Trabalho doméstico remunerado: desigualdades de gênero e raça. Brasília: Ipea, 2009
FONTOURA, Natália; REZENDE M.; QUERINO A. C. (Org.). Beijing +20 : avanços e desafios no Brasil contemporâneo. Brasília: Ipea, 2020.
GROSSI, P. K. et al. Violence Against Rural Women in Rio Grande Do Sul, Brazil: Challenges For Public Policies. European Scientific Journal, Vol. 10, n. 10, 2014.
IBGE. Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, 2016. https://ces.ibge.gov.br/base-de-dados/metadados/mte/relacao-anual-de-informacoes-sociais-rais.html Acesso em set. 2020.
IPEA. Retrato das desigualdades de gênero e raça. Brasília. 2011.
MAGALHÃES, M. L.; SCHEMES, C. Mulheres e o associativismo negro em Novo Hamburgo (RS). Revista Latino-Americana de História, Vol. 2, n. 9, p. 217-232, 2014.
MAGRINI, F. M. Conferências de políticas para as mulheres: potencialidades e limites participativos. Dissertação de mestrado em ciência política. São Carlos: UFSCar, 2012.
MAIA, M. Legitimação e sufocamento num mesmo ato. IHU online, set 2015, Edição 473, p. 33-40. Disponível em http://www.ihuonline.unisinos.br/media/pdf/IHUOnlineEdicao473.pdf
MAIA, M.; SILVA, Á. K. P.; ALEXIUS, Á. Saúde da Mulher no Vale do Sinos. Observasinos. Maio de 2014. http://www.ihu.unisinos.br/observasinos/vale/saude/saude-da-mulher-no-vale-do-sinos
MALTA, R. B. et al. Crise dentro da crise: a pandemia da violência de gênero. Sociedade e Estado, Vol. 36, p. 843-866, 2021.
MANZINI, E. J. Uso da entrevista em dissertações e teses produzidas em um programa de pós-graduação em educação. Revista Percurso, Vol. 4, n. 2, p. 149-171, 2012.
MEIER, K. J.; FUNK, K. D. Women and public administration in a comparative perspective: The case of representation in Brazilian local governments. Administration & Society, Vol. 49, n. 1, p. 121-142, 2017
MENDONÇA, R. Descrédito e exigência de prova física: obstáculos das vítimas de violência. BBC, 30 de maio de 2016. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-36414224 acessado em out 2020.
NOBRE, M. T.; BARREIRA, C. Controle social e mediação de conflitos: as delegacias da mulher e a violência doméstica. Sociologias, Vol. 10, n. 20, 2008.
PAIVA, D.; SOUZA, M. R.; LOPES, G. F. As percepções sobre democracia, cidadania e direitos. Opinião Pública, Campinas, vol. X, n° 2, p. 368-376, 2004.
PAIVA, R. C. Transversalidades: gênero e feminismos em diversidade e movimento. Revista de Estudos Feministas, Vol. 24/02, 2016, p.677-679.
PANKE, L.; IASULAITIS, S. Mulheres no poder: aspectos sobre o discurso feminino nas campanhas eleitorais. Opinião Pública, Campinas, Vol. 22, nº 2, 2016.
PATEMAN, C. The sexual contract. Stanford, Stanford University Press, 1988.
PATEMAN, C. Soberania individual e propriedade na pessoa: democratização e um conto de dois conceitos. Revista Brasileira de Ciência Política, Vol. 1, p. 171-218, 2009.
PINHEIRO, L. et al. Retrato das Desigualdades de gênero e raça. Brasília: Ipea; SPM: UNIFEM, 2008.
PINTO, C. R. J. Feminismo, história e poder. Revista Sociologia e Política, Vol.18/36, 2010, p.15-23.
SCOTT, J. W. O enigma da igualdade. Revista estudos feministas, Vol. 13, n. 1, p. 11-30, 2005.
SCOTT, J. W. Outras reflexões sobre gênero e política. Revista Crítica Histórica, v. 10, n. 19, p. 10-38, 2019.
SEADE/DIEESE. Sistema PED. O trabalho das mulheres – mudanças e permanências. Boletim Mulher e Trabalho 24. São Paulo. Disponível em: http://www.seade.gov.br/produtos/mulher. 2013.
SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES (SPM). Plano nacional de políticas para as mulheres. Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2013.
SILVA, F. B.; JACCOUD, L.; BEGHIN, N. Políticas sociais no Brasil: participação social, conselhos e parcerias. Brasília: IPEA, 2005.
SOUZA, E.; ZACHER, L. As mulheres vão à rua, os homens ficam em casa: reflexões preliminares sobre a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher de São Leopoldo. Protestantismo em Revista, Vol. 14, p. 74-85, 2014.
SPOHR, A. P. et al. Participação Política de Mulheres na América Latina: o impacto de cotas e de lista fechada. Revista Estudos Feministas, Vol. 24/2, p. 417-441, 2016.
STOCKER, P. C.; DALMASO, Si. C. Uma questão de gênero: ofensas de leitores à Dilma Rousseff no Facebook da Folha. Estudos Feministas, Vol. 24, n. 3, p. 679-690, 2016.
TEMER, L. O feminino e o Direito à igualdade: ações afirmativas e a consolidação da igualdade material. In: FERRAZ, C. V. et al (Orgs). Manual dos direitos da mulher. São Paulo: Saraiva. 2013. p. 81-96.
VITELLI, R. F. Evasão em cursos de licenciatura: perfil do evadido, fatores intervenientes no fenômeno. 2013.
WAISELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2012: Os novos padrões da violência homicida no Brasil. Caderno complementar 11 - homicídio de mulheres no Brasil. São Paulo, Instituto Sangari, 2011.
WAISELFISZ, J. J. O Mapa da Violência 2014 – Os Jovens do Brasil. São Paulo: Instituto Sangari, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Aloisio Ruscheinsky, Manoella Caraa Treis, Manoella Caraa Treis
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam na Século XXI: Revista de Ciências Sociais concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).