As vítimas frente ao sofrimento coletivo: estruturas morais e sacralizações emergentes.
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236672544584Palavras-chave:
vítimas, ativismo, religião, sofrimento, espiritualidades.Resumo
Os artigos reunidos aqui mostram como as formas de mobilização das vítimas e a gestão do sofrimento coletivo estão atravessadas pela sua relação com o espaço sagrado, entendido em sentido amplo e diverso. Apresentam em forma inovadora as diversas articulações entre as gramáticas do sagrado e o ativismo de sobreviventes e familiares de vítimas, o lugar dos especialistas e as políticas de gestão do seu sofrimento. Sua leitura nos permite percorrer as ações do movimento negro e dos coletivos de familiares da violência no Brasil, as práticas dos padres identificados com a opção pelos pobres, a emergência de organizações de familiares de vítimas da violência institucional na Argentina, as novas formas de espiritualidade na gestão do passado de vítimas da ditadura no Uruguai, as iniciativas do movimento de familiares de vítimas da violência terrorista no País Vasco, as estratégias de proteção das mulheres vítimas de violência sexual no Paraguai e os empreendimentos coletivos de saída do apartheid na África do Sul. Da leitura dos trabalhos destaca-se a forma em que a atuação pública deste coletivos institui regímenes de verdade que colocam em tensão e/ou ressignificam as reivindicações clássicas de memória, verdade e justiça e os modos de gestão do passado compreendidos a partir da gramática binaria vítima-algoz.Downloads
Referências
DAS, V. Critical Events. An anthropological Perspective on Contemporary India. New Dellhi: Oxford University Press, 1995.
GATTI, G. y MARTINEZ, M. El ciudadano-víctima. Notas para iniciar un debate. Revista Estudios Sociales, nº. 59, pp.08-13, Enero-Marzo, 2017.
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