A Questão da Transparência em Organizações da Sociedade Civil

Autori

DOI:

https://doi.org/10.5902/2359043227136

Parole chiave:

Transparência, Entidades de Interesse Social, públicos de interesse, prestação de contas, responsabilidade organizacional

Abstract

O objetivo da presente pesquisa foi analisar o nível de evidenciação de informações representativas de responsabilidade organizacional – econômicas e financeiras, sociais e ambientais – das Entidades de Interesse Social, tidas como organizações da sociedade civil a partir da Lei Federal nº 13.019/14. A pesquisa foi feita por meio da criação de indicadores representativos de informações de cada uma das categorias. Depois, pela observação não participante, procedeu-se análise de conteúdo para identificar a presença ou não dos indicadores nas páginas eletrônicas de internet de duas Entidades de Interesse Social: a LBV e a AACD. Na sequência, atribuiu-se peso um para o indicador evidenciado e zero para o não evidenciação, o que resultou em índices de evidenciação por categoria e geral de responsabilidade organizacional para cada uma das entidades. Os resultados demonstram que a LBV evidencia mais do que a AACD em todas as categorias, caracterizando prestação de contas eficiente para seus públicos de interesse. Fator esse que pode representar retorno em forma de maior legitimidade organizacional.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Biografie autore

Daniella Paulus, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Franciele Seifert Lombarde, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Regional Integradado Alto Uruguai e das Missões

Rosane Maria Seibert, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Doutora em Ciências Contábeis,  Docente do quadro permanente dos Cursos de Ciências Contábeis e Administração  e Professora do Programa de Mestrado Gestão Estratégica de Organizações da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões.

Neusa Maria Gonçalves Salla, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Doutora em Ciências Contábeis e Administração, Docente do quadro permanente dos Cursos de Ciências Contábeis e Administração  e Professora do Programa de Mestrado Gestão Estratégica de Organizações da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões.

Berenice Beatriz R Wbatuba, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Doutoranda em Desenvolvimento Regional pela UNISC, Docente do quadro permanente dos Cursos de Ciências Contábeis e Administração  e Professora do Programa de Mestrado Gestão Estratégica de Organizações da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões.

Riferimenti bibliografici

AACD. Associação de Assistência à Criança Deficiente. Disponível em: < http://aacd.org.br/>. Acesso em: 05 mar. 2015.

Accountability. (2008). AA1000 Accountability Principles Standard. Acesso em 23 de 09 de 2015, disponível em www.accountability.org/standards/aa1000aps.html

Adams, C. (2004). The ethical, social and environmental reporting performance portrayal gap. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 731-757.

Aerts, W.; Cormier, D. (2009). Media legitimacy and corporate environmental communication. Accounting, Organizations and Society, 1-27.

Archel, P., Fernández, M.; Larrinaga, C. (2008). The organizational and operational boundaries or Triple Bottom Line Reporting: A survey. Environmental Management, 106-117.

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Brown H. (1916). Human Nature and the State. International Journal of Ethics, 26(2), 177-192.

Bushman, R. M.; Smith, A. J. (2003). Transparency, financial accounting information, and corporate governance. FRBNY Economic Policy Review, 9(1), 65-87.

Carroll, A. (1991). The Pyramid of Corporate Social Responsibility – Toward the Moral Management of Organizational Stakeholders. Business Horizons, 39-48.

Carroll, A. B. (1979). A three-dimensional conceptual model of corporate social performance. Academy of Management Review, 497-505.

Carroll, P.; Steane, P. (2000). Public private partnerships: sectoral perspectives. In S. Osborne, Public-Private partnerships for public services: An international perspective (pp. 36-56). London: Routledge.

CFC - Conselho Federal de Contabilidade. (2004). Resolução CFC nº 1.003/04. Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 15 - NBC T 15. Brasília: Conselho Federal de Contabilidade.

Dahlsrud, A. (2008). How Corporate Social Responsibility is Defined: an Analysis of 37 Definitions. Corporate Social Responsibility and Environmental Management, 1-13.

Deegan, C.; Rankin, M. (1997). The materiality of environmental information to users of annual reports. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 562-583.

Deegan, C.; Rankin, M.; Tobin, J. (2002). An examination of the corporate social and environmental disclosures of BHP from 1983-1997. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 312-343.

Donaldson, T.; Preston, L. (1995). The stakeholder theory of the corporation: Concepts, evidence, and implications. Academy of Management Review, 20(1), 65-91.

Dowling, J.; Pfeffer, J. (1975). Organizational legitimacy: Social values and organizational behavior. Pacific Sociological Review, 122-136.

Dusuki, A. W.; Yusof, T. F. (2008). The pyramid of corporate social responsibility model: Empirical evidence from Malaysian stakeholder perspective. Malaysian Accounting Review, 29-54.

Dye, R. A. (2001). An evaluation of ‘‘essays on disclosure’’ and the disclosure literature in accounting. Journal of Accounting and Economics, 181–235.

Ferreira, A. (1986). Dicionário da Língua Portuguesa (2ª ed.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Fletcher, A.; Guthrie, J.; Steane, P., Roos, G.; Pike, S. (2003). Mapping stakeholder perceptions for a third sector organization. Journal of Intellectual Capital, 505-527.

Freeman, R. E. (1984). Strategic management: A stakeholder approach. Cambridge, UK: Cambridge University Press.

Freeman, R.; Reed, D. (1983). Stockholders and stakeholders: A new perspective on corporate governance. California Management Review, 25(3), 88-106.

Freeman, R.; Harrison, J., Wicks, A., Parmar, B.; Colle, S. (2010). Stakeholder Theory: The state of the art. Cambridge, UK: Cambridge University Press.

Garcia-Meca, E.; Conesa, I. (2004). Divulgación voluntária de información empresarial: Índices de Revelación. Partida Doble, 66-77.

Gray, R.; Bebbington, J.; Collison, D. (2006). NGOs, civil society and accountability: making the people accountable to capital. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 319-348.

Gray, R., Kouhy, R.; Lavers, S. (1995). Methodological themes: Constructing a research database of social and environmental reporting by UK companies. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 78-101.

GRI - Global Reporting Iniciative. (2013). Sustainability Disclosure Database. Acesso em 25 de julho de 2013, disponível em GRI - Global Reporting Iniciative: https://www.globalreporting.org

Guareschi, P. (2003). Sociologia crítica: Alternativas de mudança (54ª ed.). Porto Alegre, RS, Brasil: EDIPUCRS.

Guthrie, J.; Parker, L. D. (1989). Corporate social reporting: A rebutal of legitimacy theory. Accounting and Business Research, 343-352.

Hackston, D.; Milne, M. J. (1996). Some determinants of social and environmental disclosures in New Zealand companies. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 77-108.

Hansmann, H. (2003). The role of trust in nonprofit enterprise. In H. K. Anheier; A. Ben-Ner, The study of nonprofit enterprise: Theories and approaches (pp. 115-122). New York: Plenum Publishers.

Hansmann, H. B. (1980). The role of Nonprofit Enterprise. The Yale Law Journal, 835-902.

Harrison, J. A., Rouse, P.; Villiers, C. J. (2012). Accountability and performance measurement: A Stakeholder perspective. The Business and Economics Research Journal, 243-258.

Harrison, T. D.; Laincz, C. A. (2008). Entry and Exit in the Nonprofit Sector. The B.E. Journal of Economic Analysis & Policy, (online) DOI:10.2202/1935-1682.1987.

Hasnas, J. (2013). Whither stakeholder theory? A guide for the perplexed revisited. Journal Business Ethics, 47-57.

Hofmann, M. A.; McSwain, D. (2013). Financial disclosure management in the nonprofit sector: A framework for past and future research. Journal of Accounting Literature, 61-87.

IBGC (2009). Código das Melhores Práticas de governança corporativa. Fonte: IBGC- Instituto Brasileiro de Governança Corporativa: http://www.ibgc.org.br

Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. (2013). Indicadores Ethos de Responsabilidade Social empresarial. São Paulo: Instituto Ethos.

Jones, T. M. (1980). Corporate Social Responsibility Revisited, Redefined. California Management Review, 59-67.

LBV. Legião da Boa Vontade. Disponível em: http://www.lbv.org/>. Acesso em: 07 mar. 2014.

Lindblom, C. K. (1994). The implications of organizational legitimacy for corporate social performance and disclosure. Paper Apresentado na Critical Perspectives on Accounting Conference. New York, NY, United States.

Machado, D.; Ott, E. (2015). Estratégias de legitimação social empregadas na evidenciação ambiental: Um estudo à luz da teoria da Legitimidade. Revista Universo Contábil, 11(1), 136-156.

Marquezan, L.; Seibert, R.; Bartz, D.; Barbosa, M.; Alves, T. (2015). Análise dos Determinantes do Disclosure Verde em Relatórios Anuais de Empresas Listadas na BM&FBOVESPA. Contabilidade, Gestão e Governança, 127-150.

Michelon, G. (2011). Sustainability disclosure and reputation: A comparative study. Corporate Reputation Review, 79-96.

Mitchell, R.; Agle, B.; Wood, D. (1997). Toward a theory of stakeholder identification and salience: Defining the principle of who and what really counts. Academy of management review, 853-886.

Moneva, J. M.; Archel, P.; Correa, C. (2006). GRI and the camouflaging of corporate unsustainability. Accounting Forum, 121-137.

Murcia, F. D.-R.; Fávero, L. P.; Rover, S.; Lima, G. A.; Lima, I. (2008). Disclosure 'Verde' nas Demonstrações Contábeis: Características da informação ambiental e possíveis explicações para a divulgação voluntária. Revista UnB Contábil, 260-278.

Myers, J.; Sacks, R. (2001). Harnessing the talents of a loose and baggy monster. Journal of European Industrial Training, 454-464.

Neu, D.; Warsame, H.; Pedwell, K. (1998). Managing public impressions: Environmental disclosures in Annual Reports. Accounting, Organizations and Society, 265-282.

Nolan, P.; Lenski, G. (2014). Human Societies: An introduction to macrosociology (20ª ed). New York, United States of America: Oxford Univiersity Press.

O'Donovan, G. (2002). Environmental disclosure in the annual report: Extending the applicability and predictive power of legitimacy theory. Accounting, Auditing, Accountability Journal, 344-371.

O'Sullivan, N.; O’Dwyer, B. (2009). Stakeholder perspectives on a financial sector legitimation process: The case of NGOs and the Equator Principles. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 553-587.

Parmar, B. L.; Freeman, R. E.; Harrison, J. S.; Wicks, A. C.; Purnell, L.; Colle, S. d. (2010). Stakeholder theory: The state of the art. The academy of management annals, 403-445.

Patten, D. M. (1991). Exposure, legitimacy and social disclosure. Journal of Accounting and Public Policy, 297-308.

Patten, D. M. (1992). Intra-industry environmental disclosure in response to the Alaskan oil spill: A note on Legitimacy Theory. Accounting, Organizations and Society, 471-475.

Phillips, R. (2003). Stakeholder Legitimacy. Business Ethics Quarterly, 25-41.

Prencipe, A. (2004). Proprietary costs and determinants of voluntary segment disclosure: evidence from Italian Listed Companies. European Accounting Review, 319–340.

Roberts, P. W.; Dowling, G. R. (2002). Corporate reputation and sustained superior financial performance. Strategic Management Journal, 1077-1093.

Rodríguez, M.; Fernández, M.; Simonetti, B. (2015). The social, economic and environmental dimensions of corporate social responsibility: The role played by consumers and potential entrepreneurs. International Business Review, 24(5), 836-848.

SEC, S. (s.d.). Form 20-F. Acesso em 02 de agosto de 2013, disponível em http://www.sec.gov/about/forms

Seibert, R.; Macagnan, C. (2015). Evidenciação das Instituições Comunitárias de Ensino Superior: Um estudo sob a perspectiva dos públicos de interesse. CONTEXTUS Revista Contemporânea de Economia e Gestão, 13(2), 176-209.

Serviçes, IRF - Internal Revenue. (s.d.). Form 990. Acesso em 05 de 11 de 2014, disponível em http://www.irs.gov/pub/irs-pdf/f990.pdf

Shocker, A. D.; Sethi, S. P. (1973). An approach to incorporating societal preferences in developing corporate action strategies. California Management Review, 97-105.

Silva, V. d.; Macagnan, C. B. (2012). Categorias de informações evidenciadas nos Relatórios Anuais. REDES - Revista de Desenvolvimento regional, 154-174.

Slomski, V.; Mello, G. R.; Tavares Filho, F.; Macêdo, F. Q. Governança Corporativa e Governança na Gestão Pública. São Paulo: Atlas, 2008.

Spear, R.; Cornforth, C.; Aiken, M. (2009). The governance challenges of social enterprises: Evidence from a UK empirical study. Annals of Public and Cooperative Economics, 247-273.

Stiglitz, J. (2000). The contributions of the economics of information to twentieth century economics. The Quarterly Journal of Economics, 115(4), 1441-1478.

Suchman, M. C. (1995). Managing Legitimacy: Strategic and Institutional Approaches. Academy of Management review, 571-610.

Tenório, Fernando G. Gestão de ONGS: Principais Funções Gerenciais. 9. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2005.

Thompson, J.; Wartick, S.; Smith, H. (1991). Integrating corporate social performance and stakeholder management: Implications for a research agenda in small business. Research in Corporate Social Performance and Policy, 12, 207-230.

Tullberg, J. (2013). Stakeholder theory: Some revisionist suggestions. The Journal of Socio-Economics, 127-135.

Vamosi, T. (2005). Management accounting and accountability in a new reality of everyday life. The British Accounting Review, 37, 443–470.

Vergara, S. (2011). Projetos e relatórios em administração. São Paulo: atlas.

Waddock, S. (August de 2008). Building a New Institutional Infrastructure for Corporate Responsibility. Academy of Management Perspectives, 87-108.

Watts, R. L.; Zimmerman, J. L. (1978). Towards a Positive Theory of the Determination of Accounting Standards. The Accounting Review, 112-134.

Wiggill, M. (2014). Donor relationship management practices in the South African non-profit sector. Public Relations Review, 278–285.

Wood, D. J. (1991). Corporate social performance revisited. Academy of management review, 691-718.

Yin, R. (2011). Estudo de caso. São Paulo: Atlas.

Yusoff, H.; Lehman, G.; Nasir, N. M. (2006). Environmental engagements through the lens of disclosure practices: A Malaysian story. Asian Review of Accounting, 122-148.

Zainon, S.; Atan, R.; Wah, Y. B. (2014). An empirical study on the determinants of information disclosure of Malaysian non-profit organizations. Asian Review of Accounting, 35-55.

##submission.downloads##

Pubblicato

2017-08-03 — Aggiornato il 2022-05-30

Versioni

Come citare

Paulus, D., Lombarde, F. S., Seibert, R. M., Gonçalves Salla, N. M., & Wbatuba, B. B. R. (2022). A Questão da Transparência em Organizações da Sociedade Civil. Revista De Gestão E Organizações Cooperativas, 4(7), 99–114. https://doi.org/10.5902/2359043227136 (Original work published 3 agosto 2017)

Puoi leggere altri articoli dello stesso autore/i