Eficiência técnica e ciclo de vida em cooperativas: uma análise de dados em painel
DOI :
https://doi.org/10.5902/2359043236994Mots-clés :
eficiência técnica, cooperativismo, ciclo de vida em cooperativas, liquidação, deaRésumé
O trabalho busca investigar o grau de eficiência técnica das cooperativas brasileiras através do estudo empírico das proposições da teoria do ciclo de vida, verificando assim, se a ineficiência é algo presente nas cooperativas que descontinuaram suas operações no período de 2004 a 2014. O trabalho determina o escore de eficiência técnica através da abordagem DEA (Data Envelopment Analysis). Os testes de hipótese visam a comparação entre as amostras de cooperativas descontinuadas (paralizadas, liquidadas e incorporadas) com as cooperativas que permaneceram ativas no período. Os principais resultados são que as cooperativas descontinuadas e seu subgrupo, as cooperativas liquidadas, apresentam menores níveis de receitas brutas, de folha de pagamento, despesas administrativas e ativo não circulante que as demais cooperativas. As cooperativas incorporadas têm o mesmo porte que as demais, porém são mais endividadas que elas. E por fim, validando a hipótese central do trabalho, as cooperativas descontinuadas se mostraram mais ineficientes.
Téléchargements
Références
BANKER, R. D.; CHARNES, A.; COOPER, W. W.. Some Models for Estimating Technical and Scale Inefficiencies in Data Envelopment Analysis. Austin: Management Science, v. 30, n. 9, p. 1078-1093, 1984.
BARTON, D. G. What is a Cooperative? In: COBIA, D. W. (ed.). Cooperatives in Agriculture. New Jersey: Regents/Prentice Hall, 1989. cap. 1, p. 1-20.
BIALOSKORSKI NETO, S. Economia e Gestão de Organizações Cooperativas. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2012.
BRAGA, M. J.; FERREIRA, M. A. M.; DE SOUZA, U. R.. Fatores Associados à Eficiência Técnica e de Escala das Cooperativas Agropecuárias Paranaenses. Revista de Economia e Sociologia Rural, Vol.49, No. 3, 2011.
BURRES, M. J.; COOK M. L.. A Cooperative Life Cycle Framework. Working Paper, University of Missouri: Columbia, 2009.
CHADDAD, F. R.; COOK, M. L.. The economics of organization structure changes: A US perspective on demutualization. Annals of Public and Cooperative Economics, v.75, n. 4, p. 575-594, 2004.
CHADDAD, F.; ILIOPOULOS, C. Control Rights, Governance, and the Costs of Ownership in Agricultural Cooperatives. New York: Agribusiness, v. 29, p. 3-22, 2013.
CHARNES, A.; COOPER, W.W.; RHODES, E. Evaluating Program and Managerial Efficiency: an application of Data Envelopment Analysis to Program Follow Through. Management Science, v.27, n.6, p.668-697, jun. 1981.
COELLI, T.; ESTACHE, A.; PERELMAN, S.; TRUJILLO, L.. A Primer on Efficiency Measurement for Utilities and Transport Regulators. The World Bank, 2003.
COOK, M. L.. The Future of U.S. Agricultural Cooperatives: A Neo-Institutional Approach. In: American Journal of Agricultural Economics 77, p. 1153-1159, 1995.
COOK, M. L.; ILIOPOULOS, C. Solutions To Property Rights Constraints In ProducerOwned And Controlled Organizations: Prerequisite For Agri-Chain Leadership?, In: ZIGGERS G. W.; TRIENEKENS, J. H.; ZUURBIER, P.J.P. Proceedings of the Third International Conference on Chain Management in Agri Business and Food Industry. Wageningen University Press, Wageningen, the Netherlands, 1998.
COSTA, D. R. M.. Propriedade E Decisões De Gestão Em Organizações Cooperativas Agropecuárias Brasileiras. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 2010.
EVANS, L.; GUTHRIE, G.. A Dynamic Theory of Cooperatives: The Link between Efficiency and Valuation. Journal of Institutional and Theoretical Economics. Vol. 162, no. 2, p 364-383, 2006.
FERREIRA, M. A. M.. Eficiência Técnica e de Escala de Cooperativas e Sociedades de Capital na Indústria de Laticínios do Brasil. 11 de Abril de 2005. 158 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, 11 de Abril de 2005.
FARREL, M. J. The Measurement of productive efficiency. Jornal of the Royal Statistical Society, Vol. 120, pp. 252-290, 1957.
FULTON, M. E.; HUETH, B.. Cooperative conversions, failures and restructurings: an overview. Journal of Cooperatives, V. 23, p 1-11, 2009.
HANSMAN, H.. The Ownership of Enterprise. Cambridge: The Belknap Press of Harvard University Press, 1996.
HELMBERGER, P. G. Future roles for Agricultural Cooperatives. American Jornal of Agricultural Economics, 1966.
HIND, A. M.. Co-operative Life Cycle and Goals. Jornal of Agricultural Economic, Vol. 50, No. 3, pp. 536-548, 1999.
JENSEN, M. C.; MEKCLING, W. H.. Theory of the Firm: Managerial Behavior, Agency Costs, and Ownership Structure. Journal of Financial Economics, V. 3, No. 4, p. 305360, 1976.
JORNAL GAZETA DO POVO. Coamo compra Coagel e espera faturar 10% mais. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/agricultura/coamocompra-coagel-e-espera-faturar-10-mais-2ci4xwaeww876znpo88dzfqfd. Acesso em: 28.jan.2016.
JORNAL VALOR ECONÔMICO. Para avançar em café e grãos, Coopercitrus vai incorporar cooperativas em São Paulo e Minas. Disponível em: http://www.valor.com.br/agro/4341836/para-avancar-em-cafe-e-graos-coopercitrus-vaiincorporar-cooperativas-em-sao-paulo-e-minas. Acesso em: 28. Jan.2016.
MILLER R. L.. Microeconomia: Teoria, Questões e Aplicação. São Paulo: McGraw-Hill, 1981.
NILSSON, J.. Organizational principles for Cooperative firms. Scandinavian Jornal of Management, No. 17, pp. 329-356, 1999.
OBSERVATÓRIO DO COOPERATIVISMO – OBSCOOP. Balanços Patrimoniais De Cooperativas Paulistas Disponibilizados dos anos de 2007 a 2014. Ribeirão Preto, 2015.
ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS NO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL – OCB-MS. Balanços Patrimoniais Disponibilizados dos anos de 2007 a 2014. Campo Grande, 2015.
ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS DO ESTADO DO PARANÁ – OCEPAR. Balanços Patrimoniais Disponibilizados dos anos de 2004 a 2014. Curitiba, 2015.
PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L.. Microeconomia: Teoria Microeconômica. São Paulo: Makron Books, 1998.
PORTER, P. K.; SCULLY, G. W.. Economic Efficiency in Cooperatives. Journal of Law and Economics, Vol. 30, No. 2, p. 489-512, 1987.
PRIOR, D.; SOLÀ, M. Measuring productivity and quality changes using data envelopment analysis: an application to catalan hospitals. Financial Accountabilty & Management, Vol. 17, No. 3, p.219-245, aug. 2001.
REVISTA CAIFEICULTURA. Cooagri, maior cooperativa de MS, é liquidada. Disponível em: http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php/envia_materia.php?mat=26651. Acesso em: 28/01/2016.
REVISTA GLOBO RURAL. Paulista negocia parceria com espanhóis. Disponível em:http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC10207641931,00.html. Acesso em: 28/01/2016.
SCHRADER, L. F.. Equity Capital Restructuring of Cooperatives as Investor-Owned Firms. Journal of Agricultural Cooperation 4, 1989.
SEXTON, Richard, J.; ISKOW, J.. Factors Critical to the Success or Failure of Emerging Agricultural Cooperatives. Giannini Foundation Information Series, 1988.
STAATZ, J. M.. Farmers' Incentives To Tare Collective Action Via Cooperatives: A Transaction Cost Approach. p. 87-107, 1987.
VITALIANO, P. Cooperative Enterprise: An Alternative Conceptual Basis for Analyzing a Complex Institution. American Journal of Agricultural Economics, Vol. 65, No. 5, p 10781083, 1983.
ZYLBERSZTAJN, D. Quatro Estratégias Fundamentais para as Cooperativas Agrícolas. In: BRAGA, M. J.; REIS, B. S. (org). Agronegócio Cooperativo: Reestruturação e Estratégias. Viçosa: UFV, p. 55-75, 2002.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).