Crise de identidade das cooperativas: um estudo de caso na cooperativa agropecuária
DOI:
https://doi.org/10.5902/2359043285589Palavras-chave:
Cooperativas; Crise de identidade; Desafios.Resumo
O objetivo deste estudo foi investigar as causas da crise de identidade experimentada pela cooperativa agropecuária de Catalão, localizada no Estado de Goiás. Para alcançar esse propósito, empregou-se a abordagem de estudo de caso, com o intuito de aprofundar a compreensão do assunto por meio de entrevistas e questionários. A pesquisa revelou que a cooperativa em questão não desenvolveu um plano de marketing para sustentar seu polo empresarial, que é o principal pilar do equilíbrio cooperativo. Consequentemente, a cooperativa entrou em uma crise de identidade, resultando na perda de associados para empresas concorrentes do mesmo setor. Foi identificado que a manutenção dos princípios e valores cooperativos continua a ser essencial para preservar a identidade cooperativa e alcançar um modelo de equilíbrio cooperativo. Este estudo pode fornecer insights valiosos para os tomadores de decisão e líderes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a fim de implementar medidas apropriadas que permitam às cooperativas enfrentar os desafios dos mercados globais cada vez mais competitivos. Isso pode ser alcançado por meio de ações e estratégias distintas das adotadas pelos concorrentes capitalistas, a fim de evitar crises de identidade.
Downloads
Referências
BARDIN, L. L’analyse de contenu. Paris: Presses universitaires de France, 1977.
BRASIL. Lei n.º 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências. Disponível em: http://www2.camara.gov.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-5764-16-dezembro-1971-357788-norma-pl.html. Acesso em: 03 abr.2011.
CARIOU, Y. Le bilan sociétal dans la coopération agricole: une démarche participative pour s’ouvrir au territoire. RECMA – Revue Internationale de l’Economie Sociale. n. 290, p.41-55. 2003.
CHAMPAGNE, P. Les administrateurs de coopératives agricoles sont-ils indispensables? RECMA – Revue Internationale de l’Economie Sociale. n. 269, 1998. p. 32-45.
CHAVES, Rafael; MONZÓN, José Luis. Economía social y sector no lucrativo: actualidad científica y perspectivas. Ciriec-España, Revista de economía pública, social y cooperativa, n. 37, p. 7-33, 2001.
COACAL. Cooperativa agropecuária de Catalão. Disponível em: http://www.coacal.com.br. Acesso em: 18 jan.2018.
COLLINS, J.; PORRAS, J. I. Bâties pour durer: Les entreprises visionnaires sont-elles un secret? Boston, First Management, 1996.
CÔTÉ, D. Cohésion coopérative et fonctionnemen démocratique: clé de gestion d’une grande coopérative, economie et solidarité. Revue Du Ciriec, Canada, ed.2, v. 34, 2004. pp. 18-35.
CÔTÉ, D. Explorações cooperativas: tipologia, perguntas e cenários de solução. In: SIDE, D. As explorações cooperativas: evolução ou transformação permanente. Bruxelas, Oxford University Press, 2001. p. 385-402.
CÔTÉ, D. Fondements d’un Nouveau Paradigme coopératif: Quelles incitations pour les acteurs clés? Revue internationale de l’économie sociale, n° 305. p. 72-91. 2007.
CÔTÉ, D. La gestion Coopérative : théorie et pratique De la spécificité à l’avantage concurrentiel Émergence d’un nouveau paradigme coopératif, Les Éditions JFD inc. Canada. 2022.
CÔTÉ, D. Le mode d’organization cooperative au XIX siècle: Un nouveau paradigme coopérative face à la crise identitaire. Projectique, Canada, ed. 2, v.2, p. 61 à 84, 2009.
CÔTÉ, D. Les coopératives et le prochain millénaire: l’émergence d’un nouveau paradigme. RECMA Revue Internationale de l’Economie Sociale. n. 275-276, 2001. P.150-166.
CÔTÉ, D. Loyauté et Identité Coopérative: L’implatation d’un noveau paradigme coopératif. RECMA-Revue International de L’Economie Sociale. Canada, n. 295, p.51-69. 2005.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
CRUZ, A. C. M. A diferença da igualdade: a dinâmica da economia solidária em quatro cidades do Mercosul. 2006. Tese (Mestrado em Economia Aplicada) – Universidade Estadual de Campinas – Campinas (SP). Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000378375 . Acesso em: 25 set 2010.
DESROCHE, H. Le projet coopératif: son utopie et sa pratique, des appareils et ses réseaux, ses espérances et ses déconvenues. Paris, Éditions ouvrières, 1976.
Disponível em <: http://www.uff.br/incubadoraecosol/docs/ecosolv1.pdf.>. Acesso em: 20 jan.2019.
FANHO, Ayawovi Djidjogbe; OURO-SALIM, Omar. O impacto do cooperativismo nas áreas rurais: uma revisão sistemática da literatura: Dɔwɔwɔ aduadu ƒe ŋusẽkpɔɖeamedzi le kɔƒenutowo me: agbalẽwo me toto ɖe ɖoɖo nu. NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras, v. 3, n. Especial II, p. 646-663, 2023.
FAUQUET, G. O sector cooperativo: ensaio sobre o lugar do homem nas instituições cooperativas e destas na economia. Lisboa: Livros Horizontes, 1980.
MARCONDES, Nilsen Aparecida Vieira; BRISOLA, Elisa Maria Andrade. Análise por triangulação de métodos: um referencial para pesquisas qualitativas. Revista Univap, v. 20, n. 35, p. 201-208, 2014.
MENDINA, H. J. C. Proposta de Framework para intercooperação entre cooperativas agroalimentares atuando em rede horizontal. 2015, 283 f. Tese (Doutorado em Administração) –Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade do Vale do Rio dos Sinos: 2015.
MLADENATZ, G. Histoires des doctrines coopératives. Paris: PUF, 1933.
OCB/GO. Ramo Agropecuário. Disponível em :http://www.ocb.org.br/ramo-agropecuário. Acesso em: 09 oct.2017.
OURO-SALIM, O. Crise de identidade no cooperativismo: um estudo de caso na cooperativa agropecuária de Catalão. 2018. 108 f. Dissertação (Mestrado em Gestão Organizacional) - Universidade Federal de Goiás, Catalão, 2018.
OURO-SALIM, O.; CISSÉ BA, S. A.; ROSALEM, V. Equilíbrio cooperativo e governança democrática: um novo paradigma cooperativo em face da crise de identidade. Revista de Gestão e Organizações Cooperativas, v. 6, n. 11, p. 173-192, 2019.
OURO-SALIM, O.; CISSÉ BA, S. A.; ROSALEM, V. Impacto socioeconômico das cooperativas: contribuição para um mundo melhor. Revista de Gestão e Organizações Cooperativas, v. 5, n. 10, p. 189-202, 2018.
PANZUTTI, R. Features of the agricultural cooperative enterprise: financing strategy. 1997.
PARK, S. H.; UNGSON, G. R. Interfirm rivalry and managerial complexity: a conceptual framework of alliance failure. Organization Science, v. 12, n. 1, p. 37-53, 2001.
PASCAL, P. Renouveler et developer le modèle de la cooperation de production: questions autour de l’identité et des groupements coopératifs. Mémoire présenté et soutenu. Université de la méditerranée. Faculté des Sciences Economiques et de Gestion. 2011.
RECH, D. Cooperativas: uma alternativa de organização popular. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
TAUILE, J. R. Autogestão no Brasil: a viabilidade económica de empresas geridas por
trabalhadores. In: Encontro de Economia Política. 2002, Curitiba. Anais, Curitiba, 2002.
YIN, R. K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
YOSHINO, M. Y.; RANGAN, U. S. Alianças Estratégicas: uma abordagem empresarial à globalização. São Paulo: Makron Books, 1996.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Omar Ouro-salim; Ayawovi Djidjogbe Fanho; Serigne Ababacar Cissé Ba
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
