ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS MATERNA E CONGÊNITA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583461351

Palavras-chave:

Cuidado Pré-Natal, Epidemiologia, Saúde Pública, Sífilis.

Resumo

Objetivo: Analisar as características sociodemográficas e assistenciais da sífilis materna e da sífilis congênita no mundo. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura com amostra final de 25 artigos nacionais e internacionais levantados junto ao PubMed e a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os artigos foram selecionados segundo os critérios do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Resultados: Os dados coletados dos 25 artigos selecionados, totalizaram 48.686 gestantes diagnosticadas com sífilis materna e 22.349 gestantes com desfecho de sífilis congênita. O perfil sociodemográfico foi de gestantes não brancas, de faixa etária entre 20 e 29 anos e de baixa escolaridade. Os dados assistenciais demonstram falhas na assistência pré-natal, 71,6% das gestantes com desfecho de sífilis congênita realizou o pré-natal, 65,4% tiveram os testes treponêmicos ignorados e mais de 50%  não receberam o tratamento ou foi inadequado. Vários artigos citaram a dificuldade por parte das gestantes no acesso à serviços de saúde. Conclusão: O presente estudo evidenciou a importância de se demonstrar os percursos epidemiológicos da sífilis materna e da sífilis congênita no mundo, sendo ambos marcadores relevantes da qualidade de assistência a gestantes, servindo de alerta ao poder público para elaboração de estratégias de resolução integrada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lorenna Rocha Lobo e Silva Mamede, Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás

Biomédica. Mestranda em Ciências Ambientais e Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Goiânia, GO, Brasil.

Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva, Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás

Doutorado em Biologia Celular e Molecular. Professor do Curso de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Saúde. Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

Rogério José de Almeida, Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás

Doutor em Sociologia. Pós-Doutorando em Ciências da Saúde. Professor do Curso de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Saúde. Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

Referências

Peeling RW, Mabey D, Kamb ML, Chen XS, Radolf JD, Benzaken AS. Syphilis. Nat Rev Dis Primers. 2017;3(17073):1-21.

Stamm LV. Syphilis: re-emergence of an old foe. Microb Cell. 2016;3(9):363-70.

Tsimis ME, Sheffield JS. Update on syphilis and pregnancy. Birth Defects Res. 2017;109(5):347-52.

Su JR, Brooks LC, Davis DW, Torrone EA, Weinstock HS, Kamb ML. Congenital syphilis: trends in mortality and morbidity in the United States, 1999 through 2013. Am J Obstet Gynecol. 2016;214(3):381.e1.

Cavalcante PAM., Pereira RBL, Castro JGD. Sífilis gestacional e congênita em Palmas, Tocantins, 2007-2014. Epidemiol. Serv. Saúde. 2017;26(2):255-64.

Lafetá KRG, Martelli Júnior H, Silveira MF, Paranaíba LMR. Sífilis materna e congênita, subnotificação e difícil controle. Rev. bras. epidemiol. 2016;19(1):63-74.

Wijesooriya NS, Rochat RW, Kamb ML, Turlapati P, Temmerman M, Broutet N, et al. Global burden of maternal and congenital syphilis in 2008 and 2012: a health systems modelling study. Lancet Glob Health. 2016;4(8):e525-33.

Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG, The PRISMA Group. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. PLoS Med. 2009;6(7):e1000097.

Bowen V, Su J, Torrone E, Kidd S, Weinstock H. Increase in incidence of congenital syphilis – United States, 2012–2014. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2015;64(44):1241-5.

Mcleod C, Su JY, Francis JR, Ishwar A, Ryder N. Notification and management of congenital syphilis in the Northern Territory 2009 to 2014. Commun Dis Intell Q Rep. 2015;39(3):e323-e8

Muricy CL, Pinto Júnior VL. Congenital and maternal syphilis in the capital of Brazil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2015;48(2):216-9.

Punguyire D, Mahama E, Letsa T, Akweongo P, Sarfo B. Factors associated with syphilis screening uptake among pregnant women in health facilities in Brong Ahafo Region of Ghana. Matern Health Neonatol Perinatol. 2015;1(7)1-11.

Domingues RMSM, Leal MC. Incidência de sífilis congênita e fatores associados à transmissão vertical da sífilis: dados do estudo Nascer no Brasil. Cad. Saúde Pública. 2016;32(6):e00082415.

Dou L, Wang X, Wang F, Wang Q, Qiao Y, Su M, et al. Epidemic profile of maternal syphilis in China in 2013. BioMed Res Int. 2016;ID 9194805:1-8.

Serwin AB, Unemo M. Syphilis in females in Bialystok, Poland, 2000-2015. Przegl Epidemiol. 2016;70(2):273-80, 2016.

Suzuki S, Sekizawa A, Tanaka M, Okai T, Kinoshita K, Kitamura T. Current status of syphilis in pregnant women in Japan. J Matern Fetal Neonatal Med. 2017;30(23):2881-3.

Townsend CL, Francis K, Peckham CS, Tookey PA. Syphilis screening in pregnancy in the United Kingdom, 2010-2011: a national surveillance study. BJOG. 2017;124(1):79-86.

Barbosa DRM, Almeida MG, Silva AO, Araújo AA, Santos AG. Perfil epidemiológico dos casos de sífilis gestacional. Rev. enferm. UFPE on line. 2017;11(5):1867-74.

Lima VC, Mororó RM, Martins MA, Ribeiro SM, Linhares MSC. Perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita em um município de médio porte no nordeste brasileiro. J. Health Biol Sci. 2017;5(1):56-61.

Saraceni V, Pereira GFM, Silveira MF, Araújo MAL, Miranda AE. Vigilância epidemiológica da transmissão vertical da sífilis: dados de seis unidades federativas no Brasil. Rev Panam Salud Publica. 2017;8(41):e44.

Biswas HH, Chew RA, Murray EL, Chow JM, Stoltey JE, Watt JP, et al. Characteristics associated with delivery of an infant with congenital syphilis and missed opportunities for prevention-California, 2012 to 2014. Sex Transm Dis. 2018;45(7):435-41.

Cardoso ARP, Araújo MAL, Cavalcante MS, Frota MA, Melo SP. Análise dos casos de sífilis gestacional e congênita nos anos de 2008 a 2010 em Fortaleza, Ceará, Brasil. Ciênc. saúde coletiva. 2018;23(2):563-74.

DiOrio D, Kroeger K, Ross A. Social vulnerability in congenital syphilis case mothers: qualitative assessment of cases in Indiana, 2014 to 2016. Sex Transm Dis. 2018;45(7):447-51.

Silva Neto SE, Silva SSBE, Sartori AMC. Syphilis in pregnancy, congenital syphilis, and factors associated with mother-to-child transmission in Itapeva, São Paulo, 2010 to 2014. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2018;51(6):819-26.

Padovani C, Oliveira RR, Pelloso SM. Sífilis na gestação: associação das características maternas e perinatais em região do sul do Brasil. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2018;26:e3019.

Signor M, Spagnolo LML, Tomberg JO, Gabatto M, Stofel NS. Distribuição espacial e caracterização de casos de sífilis congênita. Rev. enferm. UFPE on line. 2018;12(2):398-406.

Slutsker JS, Hennessy RR, Schillinger JA. Factors contributing to congenital syphilis cases - New York City, 2010-2016. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2018;67(39):1088-93.

Zhang X, Yu Y, Yang H, Xu H, Vermund SH, Liu K. Surveillance of maternal syphilis in China: pregnancy outcomes and determinants of congenital syphilis. Med Sci Monit. 2018;24:7727-35.

Stafford IA, Berra A, Minard CG, Fontenot G, Kopkin RH, Rodrigue E, et al. Challenges in the contemporary management of syphilis among pregnant women in New Orleans, LA. Infect Dis Obstet Gynecol. 2019;2019:ID 2613962.

Wang Y, Wu M, Gong X, Zhao L, Zhao J, Zhu C, et al. Risk factors for congenital syphilis transmitted from mother to infant - Suzhou, China, 2011-2014. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2019;68(10):247-50.

Downloads

Publicado

2021-08-18

Como Citar

Mamede, L. R. L. e S., Silva, A. M. T. C., & Almeida, R. J. de. (2021). ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS MATERNA E CONGÊNITA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. Saúde (Santa Maria), 47(1). https://doi.org/10.5902/2236583461351

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)