Caracterização dos pacientes oncológicos-hematológicos internados com neutropenia febril pós quimioterapia num hospital universitário
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583474075Palavras-chave:
Neutropenia febril, Diagnóstico, Neutropenia febril induzida por quimioterapiaResumo
Introdução: A neutropenia febril (NF) é uma frequente e importante complicação nos pacientes em tratamento quimioterápico. Por uma enfermidade potencialmente fatal, é considerada uma emergência clínica, na qual a imediata administração de antibióticos de amplo espectro diminui consideravelmente a mortalidade. Apesar da gravidade dessa condição, estudos com dados disponíveis na literatura envolvendo a caracterização de pacientes internados com NF pós-quimioterapia são escassos. Objetivo: caracterizar os pacientes oncológicos-hematológicos internados com neutropenia febril pós-quimioterapia em um hospital terciário. Foi realizado um estudo observacional, transversal e retrospectivo, no qual foram incluídos dados de todos os pacientes internados no setor de oncologia-hematologia do referido hospital universitário, no período deste estudo, que possuíam diagnóstico de leucemias, linfomas, mieloma múltiplo ou síndromes mieloproliferativas, maiores de 18 anos e em vigência de tratamento quimioterápico. Resultados: houve predomínio de pacientes do gênero masculino (55,77%), média de idade de 40,60 anos, e a maioria casados (57,70%). Em se tratando da profissão, na maior parte não houve preenchimento desse dado (42,31%) em prontuário. Em relação a escolaridade, a maioria possuía o primeiro grau incompleto (42,01%), sendo que somente um paciente possuía nível superior completo, porém sem detalhamento do curso. A maior parte dos pacientes não possuía comorbidades (42,31%), e leucemia mielocítica aguda (LMA- 38,46%) foi o câncer mais frequente. Da maioria dos enfermos foram coletadas duas amostras de hemocultura (75,00%). Gram positivos foram os agentes com maior frequência de isolamento, 98,08% receberam antibioticoterapia empírica com pelo menos um medicamento, e a maioria não recebeu antifúngico empírico (73,08%). O número de sobreviventes (51,92%) no período deste estudo superou o de óbitos (48,08%). Considerações finais: O reconhecimento imediato do paciente com NF conforme o risco e o adequado tratamento com início imediato da terapia medicamentosa empírica são definidores de sobrevida do doente.
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