Análise da demanda ambulatorial de fotodermatoses pré-malignas e malignas em uma universidade do sul catarinense

Autores

  • Débora Campos Pulido Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC
  • Christine Horner Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC https://orcid.org/0000-0003-0353-9207
  • Fábio Almeida Morais Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC
  • Luiz Felipe de Oliveira Blanco Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583440555

Palavras-chave:

Carcinoma, Ceratose actínica, Dermatologia, Luz solar.

Resumo

Objetivo: Conhecer a frequência das principais lesões de pele pré-cancerosas e malignas, em pacientes que recebem atendimento de dermatologia no Ambulatório das Clínicas Integradas de uma universidade do sul catarinense. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional, descritivo, retrospectivo, com coleta de dados secundários e abordagem quantitativa. Foram analisados 80 prontuários de pacientes de ambos os sexos atendidos entre 2017 e 2018. Resultados: Foi encontrada uma frequência de 62,5% (n=50) das doenças malignas e pré-malignas de pele no sexo feminino, sendo que a idade média do início das lesões foi de 62,80±10,11 anos. A maioria dos pacientes pesquisados eram aposentados 38,4% (n=28), do lar 13,7% (n=10) e autônomos 11% (n=8), de forma que 100% (n=59) pertenciam a raça branca. Quanto a hipótese diagnóstica, a ceratose actínica correspondeu a 59,41% (n=60), seguida pelo carcinoma basocelular com 26,73% (n=27), carcinoma espinocelular com 7,92% (n=8) e melanoma com 5,94% (n=6), sendo que a localização preferencial das lesões foi na face 52,21% (n=59), com os membros representando 29,20% (n=33) e o tronco 18,58% (n=21). O tratamento iniciado foi na maior parte das vezes a exérese, em 47,4% (n=37) dos indivíduos, seguida pela medicação tópica com 39,7% (n=31) e ambos ocorreram em 12,8% (n=10). Conclusão: O perfil prevalente encontrado no ambulatório de dermatologia analisado foi de pacientes do sexo feminino (62,5%), com uma idade média de início dos sintomas de 62,8 ± 10,11 anos, sendo 100% pertencentes à raça branca. A classe de hipótese diagnóstica mais encontrada foi a de ceratose actínica (59,41%), e dentre as neoplasias malignas o carcinoma basocelular se destacou, com 26,73% dos casos, sendo que 52,21% das lesões foram encontradas em face, e em 47,4% a exérese foi o tratamento de eleição destas patologias.

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Biografia do Autor

Débora Campos Pulido, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC

Acadêmica do Curso de graduação em medicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense – Criciúma/SC

Christine Horner, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC

Acadêmica do Curso de graduação em medicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense – Criciúma/SC

Fábio Almeida Morais, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC

Médico pediatra, docente da disciplina de farmacologia do curso de medicina Universidade do Extremo Sul Catarinense – Criciúma/SC

Luiz Felipe de Oliveira Blanco, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC

Médico dermatologista, docente da disciplina de dermatologia Universidade do Extremo Sul Catarinense – Criciúma/SC

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Publicado

2019-12-29

Como Citar

Pulido, D. C., Horner, C., Morais, F. A., & Blanco, L. F. de O. (2019). Análise da demanda ambulatorial de fotodermatoses pré-malignas e malignas em uma universidade do sul catarinense. Saúde (Santa Maria), 45(3). https://doi.org/10.5902/2236583440555