A qualidade de vida dos estudantes de medicina durante o ensino remoto no período da pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583467787Palavras-chave:
Qualidade de vida, Estudantes de medicina, Transtorno mental, Pandemia por COVID-19Resumo
Objetivo: caracterizar a qualidade de vida dos estudantes do curso de medicina, de uma universidade federal do interior de Minas Gerais, matriculados durante o ensino remoto, no período da pandemia da COVID 19. Métodos: estudo transversal com aplicação de questionários online adaptados da V Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos Graduandos das Instituições Federais de Ensino Superior, da Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílio e do WHOQOL-bref. Foram calculadas as frequências absolutas e relativas e as médias das variáveis sociodemográficas e epidemiológicas, além dos scores do questionário referente à qualidade de vida. Resultados: participaram 179 estudantes, com idades entre 19 e 44 anos (Me=23,6). A maioria do sexo feminino (67,7%), 52,6 % autodeclarados da raça/ cor branca, 97,2% solteiros, 98,8% naturais de estados brasileiros e dois naturais de outros países (1,2%). Observou-se entre os participantes, em relação à qualidade de vida, os seguintes domínios: físico – boa (4,05), ambiente – boa (4,04), relações sociais – regular (3,85) e psicológico – regular (3,68). O escore relacionado à qualidade de vida geral, foi 3,90, sendo considerada regular. Considerações finais: apesar da constatação dos domínios físico e ambiental terem obtido boa classificação, os domínios relações sociais e psicológico foram considerados regulares, assim como qualidade de vida geral. Sugerese que este estudo sirva de subsídio às coordenações e direções dos cursos de medicina. Pois, o planejamento e implementação de intervenções pedagógicas e administrativas, relacionadas aos agravos dos transtornos mentais e o impacto da pandemia da Covid-19, são fundamentais para melhorias da qualidade de vida dos estudantes.
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