POTENCIAL EVOCADO AUDITIVO DE TRONCO ENCEFÁLICO AUTOMÁTICO EM RECÉM-NASCIDOS PRÉ-TERMO ACOMETIDOS POR HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583463604Palavras-chave:
Potenciais Evocados Auditivos, Eletrofisiologia, Recém-nascido, Prematuro, Hiperbilirrubinemia neonatalResumo
Objetivo: Analisar os resultados do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático em recém-nascidos pré-termo que apresentaram diferentes níveis de hiperbilirrubinemia neonatal. Métodos: Estudo de coorte analítico e retrospectivo realizado por meio de informações de um banco de dados pré-existente de um hospital público. A amostra foi composta por recém-nascidos com ≤34 semanas de gestação que passaram por internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal no período de março até dezembro de 2013. Foram obtidos dados referentes à avaliação do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático realizado na Triagem Auditiva Neonatal, assim como os níveis de bilirrubina de cada neonato. Os neonatos foram divididos em três grupos, de acordo com o valor do pico de bilirrubina: grupo 1 –até 5,99 mg/dl; grupo 2 – 6 mg/dL até 9,99 mg/dL e grupo 3 –10 mg/dL até 15,99 mg/dL. Além disso, foram pesquisados resultados referentes ao monitoramento auditivo. Resultados: Participaram do estudo 92 neonatos. Não houve diferença estatisticamente significante na comparação entre os resultados do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático e os diferentes grupos. Contudo, uma criança do G3 apresentou perda auditiva sensorioneural, com resultados sugestivos de alteração retrococlear, com características indicativas de espectro da neuropatia auditiva. Considerações finais: O valor do pico de bilirrubina total não influenciou nos resultados do potencial evocado auditivo de tronco encefálico automático. Entretanto, no grupo com valor maior de pico de bilirrubina foi identificado um caso sugestivo do espectro da neuropatia auditiva.
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