Imagens da arte e antirracismo na sala de aula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983734888184

Palavras-chave:

Imagens da arte, Antirracismo, Ensino de artes visuais, Docência

Resumo

Este texto tem por objetivo refletir sobre as imagens da arte utilizadas em contexto escolar, especialmente nas aulas de Artes Visuais, e sobre seu papel na propagação do racismo ou, na contramão desse, em atuação na luta antirracista. Para tanto, inicia-se a reflexão a partir da obra "A Redenção de Cam" (1895), de Modesto Brocos y Gómez, pintura pertencente ao acervo do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) e símbolo da tese do branqueamento no Brasil. São referenciais para a problematização dessa imagem os estudos de Lotierzo (2013; 2017), acerca do racismo na pintura brasileira entre 1850-1940; a ideia de olhar opositor/oposicional, de bell hooks (2019); e o conceito de imagens de controle, de Patrícia Hill Collins (2019). Ao final, são apresentadas produções das artistas Aline Motta, Renata Sampaio e Renata Felinto dos Santos, como imagens que podem provocar modos de se compreenderem as relações raciais no Brasil e, talvez, contribuir para o exercício de uma docência mais reflexiva e comprometida com a luta antirracista no que se refere ao trabalho com imagens da arte na escola.

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Biografia do Autor

Luísa Guazzelli Sirangelo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil (2024).

Karine Storck, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil (2024). Professora do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Taís Ritter Dias, Secretaria de Educação de Porto Alegre

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Brasil (2024). Professora na Rede Municipal de Porto Alegre.

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Publicado

2024-08-28

Como Citar

Sirangelo, L. G., Storck, K., & Dias, T. R. (2024). Imagens da arte e antirracismo na sala de aula. Revista Digital Do LAV, 17(1), e12/1–18. https://doi.org/10.5902/1983734888184