Quem nasce em Bacurau é gente? Gênero e precariedade de vida no filme “Bacurau”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983734844052

Palavras-chave:

Judith Butler, Performatividade, Gênero, Precariedade, Vida

Resumo

Este artigo toma o filme “Bacurau” como objeto de reflexão para debater o conceito de sujeito a partir de duas noções de Judith Butler: a performatividade de gênero, a partir do personagem Lunga, e a distribuição desigual de condições precárias de vida, através das relações de reconhecimento entre moradores e estrangeiros do povoado fictício. Tomamos a narrativa cinematográfica como um documento cultural que, em uma perspectiva pedagógica, nos ensina e problematiza sujeitos, enquadramentos e identidades.

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Biografia do Autor

Felipe Bastos, Universidade Federal de Juiz de Fora

FELIPE BASTOS é Doutor (2020) e Mestre (2015) em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Bacharel (2012) e Licenciado (2013) em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É professor de Ciências e Biologia do Departamento de Ciências Naturais do Colégio de Aplicação João XXIII da Universidade Federal de Juiz de Fora. É membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade (GESED/UFJF) e do Grupo de Estudos e Pesquisas Ciensinar (CAp João XXIII/UFJF). Desenvolve pesquisa na área de educação, ensino de ciências e biologia, gênero e diversidade sexual e preconceito contra a diversidade sexual e de gênero.

Eduardo Gonçalves, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

EDUARDO GONÇALVES é Mestre em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2011). É graduado em Bacharelado e Licenciatura em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2008). Atualmente é pesquisador do Núcleo de Memória da PUC-Rio. Atuou como pesquisador no Acervo Roberto Marinho na Rede Globo de Televisão, na Revista de História da Biblioteca Nacional e no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE/UFRJ). Organizou e catalogou as bibliotecas do professor Leandro Konder e da jornalista Lena Frias. Tem experiência nas áreas de História do Brasil, Memória, Arquivo, Cultura e Música.

Referências

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Publicado

2020-07-27

Como Citar

Bastos, F., & Gonçalves, E. (2020). Quem nasce em Bacurau é gente? Gênero e precariedade de vida no filme “Bacurau”. Revista Digital Do LAV, 13(1), 236–253. https://doi.org/10.5902/1983734844052