As pedagogias visuais sobre ser cego e gay no curta-metragem ‘Eu não quero voltar sozinho’

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983734844021

Palavras-chave:

artefato visual, homossexualidades, deficiência visual, formação de professores(as).

Resumo

O que o curta-metragem “Eu não quero voltar sozinho” nos ensina sobre ser cego e gay e se apaixonar por um garoto de sua turma da escola? Quais as provocações que este artefato visual produz em participantes de um subprojeto do Pibid de Geografia de uma universidade federal mineira? Ancorando-se na perspectiva pós-crítica e pós-estruturalista essas perguntas nortearam este artigo e possibilitaram problematizar: as visibilidades das homossexualidades nas produções imagéticas contemporâneas, os enfrentamentos experienciados por pessoas com deficiência visual e que se identificam como LGBTTI, a desestabilização do desejo afetivo e/ou sexual como atrelado à percepção visual desconsiderando outras sensações e a produção do amor romântico nas relações homossexuais.

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Biografia do Autor

Marcos Lopes de Souza, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Professor Titular do Departamento de Ciências Biológicas da UESB, campus de Jequié-BA. Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Formação de Professores e do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade.

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Publicado

2020-07-27

Como Citar

Souza, M. L. de. (2020). As pedagogias visuais sobre ser cego e gay no curta-metragem ‘Eu não quero voltar sozinho’. Revista Digital Do LAV, 13(1), 199–219. https://doi.org/10.5902/1983734844021