A fotografia performática de Claude Cahun
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734832200Palavras-chave:
Claude Cahun, Fotografia, Identidade, Performance, PersonaResumo
Este ensaio busca contextualizar a obra literária e artística de Claude Cahun que, assim como no início do século XX, ainda hoje continua inclassificável. Seu trabalho situa-se, aparentemente, em algum lugar entre lugares: denominações, linguagens, gêneros, realidade e autoficção, entre o inédito e o mítico. Suas experiências radicais na arte, literatura e na política fizeram-na, simultaneamente, tanto vanguardista quanto outsider. Propôs a fluidez entre os papéis identitários pois não lhe interessava repetir-se para os outros, muito menos para si propria. Rompeu com as categorias binárias e dualismos impostos pela normativa social e em concordância com a efervescência instituída ao pensamento moderno, do marxismo à psicanálise, da interpretação da subjetividade e as inúmeras indagações filosóficas sobre a presença do sujeito no mundo, obviamente abordadas na arte, Claude colocou a busca pela ‘Verdade' sob suspeita.
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Referências
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